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Governo fala em 'condições' para Bolsonaro visitar territórios palestinos

Em Jerusalém, porta-voz da Presidência da República diz que 'quando convidados e quando houver interesse' líder brasileiro e sua comitiva podem visitar região.

Sem citar nominalmente os Territórios Palestinos, mas falando em "todos os países que têm relação diplomática com o Brasil", o porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, disse neste domingo, 31, ser "óbvio" que o presidente Jair Bolsonaro poderá fazer uma visita, mas com algumas condições.

"Temos relação diplomática com vários países. É óbvio que temos a possibilidade de visitá-los (palestinos) quando convidados e quando houver interesse da nossa parte. Isso vale para todos os países com quem temos relação diplomática", enfatizou durante entrevista ao final da agenda de atividades da comitiva presidencial em Israel.


  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoJair Bolsonaro Jair Bolsonaro

Com a visita exclusiva para Israel na região, houve a dúvida sobre se o governo brasileiro não passaria uma imagem ruim para os palestinos.

"Cada coisa a seu tempo", declarou o porta-voz. "A previsão do planejamento é que o presidente visite vários países, vários países", disse, evitando dizer se o governo brasileiro reconhecia a Palestina como um país. "Nosso Ministério das Relações Exteriores vai avaliar dúvidas e estabelecer links a esses e outros países."

Mais cedo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ficou irritado quando jornalistas o questionaram sobre o motivo de a comitiva do governo brasileiro ter visitado Israel sem considerar uma passagem pelo lado palestino, como fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando esteve na região.

"Não vamos comparar, não. Pelo amor de Deus, tchau. Não comparem coisas heterogêneas", disse, saindo do hotel onde está hospedado. Momentos depois, no entanto, ele voltou para responder a mais uma pergunta.

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