Os governadores dos estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Minas Gerais manifestaram, em carta aberta à população de seus estados, acerca da crise de desabastecimento de combustíveis que vem atingindo os cidadãos brasileiros.
No documento, os governadores consideram inaceitável a tentativa do Governo Federal de repassar aos estados a responsabilidade pela solução da crise. "Colocar sobre os Estados federados o ônus de qualquer redução da alíquota sobre os combustíveis - além de ser desrespeitoso - é atitude inconsequente e, por isso mesmo, inaceitável", dizem os governadores que integram a SUDENE.
Para os governadores, é inconcebível a postura da Petrobras em adotar uma política de preços que tem por base a premissa de que a empresa deve estipular seus produtos em patamares superiores aos do mercado internacional, acompanhando as oscilações apenas quando há elevação de preços e quando há redução no mercado internacional, esses valores com redução não são repassados aos consumidores.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
"Os governadores do Nordeste, mais uma vez, estão unidos na defesa dos interesses maiores do povo brasileiro. E ampliando com Minas Gerais e posição já publicada e acertada na região Centro Oeste", afirma Wellington Dias.
A política de preços ocasionou aumento de preços do gás de cozinha, gasolina e óleo diesel e repercute diretamente sobre todos os preços da economia. Os governadores ressaltam que para agravar ainda mais a situação, discute-se a retirada da CIDE da parcela de recursos destinadas à manutenção das rodovias, que é, por garantia constitucional, executada por estados e municípios.
No documento, os governadores dos estados abrangidos pela SUDENE estão dispostos a colaborar com o Governo Federal, com o povo brasileiro, com propostas que permitam o crescimento da economia e a retomada do crescimento, mediante geração de emprego e renda e da inclusão de todos os brasileiros no processo de desenvolvimento do Brasil.
Segundo os governadores, o Governo Federal precisa rever a política comercial da Petrobras. "Destacamos nosso compromisso com os valores democráticos e estamos dispostos a enfrentar, com muita energia, qualquer tentativa de relativização ou destrução das conquistas democráticas dos cidadãos, na certeza de que a única via capaz de superar os desequilíbrios e conflitos é a consolidação da democracia", afirmaram na carta.
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