Os motoristas de táxis e do aplicativo Uber aderiam às manifestações do caminhoneiros, na tarde desta quinta-feira (24), na BR 316, no balão da Tabuleta, zona sul de Teresina, no segundo dia consecutivo de protesto na Capital contra a alta do diesel e da gasolina.
Segundo informações Edvan Ferreira, representante dos caminhoneiros, há mais de 100 motoristas na manifestação. Ele explicou que o ato é pacífico: “Essa é uma manifestação pacífica, não tem ligação nenhuma com entidade sindical, com nenhum grupo político, o que a gente quer são melhorias nas condições de trabalho. Nós começamos com 30 motoristas e agora já temos mais de 100”, afirmou.
“Somos formados por um grupo de caminhoneiros autônomos, pequenos empresários, motoristas, e com esses últimos aumentos de combustíveis ficou inviável a nossa atividade, estamos tendo prejuízo e isso vem desde as últimas décadas só que agora, no último mês, chegou a uma situação insustentável por conta dos aumentos abusivos e fora da nossa realidade econômica”, criticou.
Edvan relatou ainda que o fim das manifestações depende do Governo: “Sem previsão [de acabar], vai depender do Governo, das propostas para a nossa categoria”, garantiu.
A mobilização ganhou também a adesão de motoristas do aplicativo Uber: “Esse é um ato inédito em Teresina para mostrar a força do Piauí, e está além das nossas expectativas porque conseguimos a simpatia da população que entendeu que a luta não é só dos caminhoneiros, é de toda a população brasileira também. Agora mesmo está chegando um grupo de Uber com 500 veículos que vieram aderir espontaneamente ao nosso movimento. Essa é a nossa finalidade, mobilizar a população em geral para que todos venham fazer parte”, declarou.
Os taxistas também estão apoiando os caminhoneiros. Genison Lopes Leal, conhecido como “Nenenzão Taxista”, enalteceu o ato: “A gente se viu numa situação onde não temos condições de botar gasolina nos nossos carros e graças a Deus os caminhoneiros se mobilizaram e pararam o Brasil e nada mais justo do que nossa categoria dar o apoio porque nós estamos também no dia-a-dia e precisamos abastecer os nossos carros”, afirmou.
O motorista Diego, da Uber, explicou o porquê da categoria ter aderido ao movimento: "Nós da Uber, aderimos não como uber, mas como brasileiro mesmo, porque estamos na rua todo dia, abastecendo todo dia, então de manhã a gente abastece um valor e à noite já abastece outro bem mais alto e ai o serviço se tornou quase que insustentável por causa disso, acredito também que para os taxistas e mototaxistas fica bem difícil realizar trabalho com o valor que está sendo praticado agora", disse.
Ver todos os comentários | 0 |