Nesta quarta-feira (16) a agência de classificação de risco Fitch Ratings cortou a nota do Brasil de BBB- para BB+, o que significa que o país perdeu o selo de bom pagador. A nota continua com perspectiva negativa, o que deixa a porta aberta para novos cortes.
Neste ano a Fitch é a segunda agência que rebaixa a nota de crédito da dívida do país para grau especulativo. Em setembro foi a vez da agência Standard & Poor’s rebaixar a nota do país.
O Ibovespa já estava caindo e continua com perdas significativas, enquanto o dólar subia mais de 2%, cotado a R$ 3,95. A perda era esperada, mas deve significar retirada de recursos do país.
Grande parte dos investidores internacionais exige o selo de bom pagador de pelo menos duas agências para poder direcionar seus recursos. O Brasil ainda tem grau de investimento pela Moody’s, mas a nota, que está apenas um degrau acima do nível especulativo, foi colocada em revisão há uma semana.
Contexto
O envio de alteração da meta fiscal de 2016 de 0,7% para 0,5%, com possibilidade de abater investimentos, enviada na terça-feira (15) pelo governo, foi um dos fatores que influenciaram a turbulência do mercado.
A decisão é uma “derrota” do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que se sente “ligeiramente ofuscado” e que segundo reportagem do jornal Valor Econômico, ele já anunciou sua saída do governo.
Justificativa
De acordo com a Fitch, o rebaixamento reflete uma recessão maior do que a esperada e o aumento da incerteza política. O comunicado de rebaixamento cita o aumento no desemprego, alta da inflação e aperto no crédito como prejudiciais ao consumo.
No documento as incertezas políticas, os problemas da construção civil e os efeitos das investigações da Operação Lava Jato também são citados como fatores que afetam o investimento.
A Fitch acredita que o PIB passe de 3,7% em 2015 para 2,5% em 2016 e que a possibilidade de déficit fiscal ultrapasse os 10%. A nota ainda fala que "as repetidas mudanças nas metas fiscais minaram a credibilidade da política fiscal” e que “o início recente de procedimentos de impeachment contra a presidente Rousseff está aumentando a incerteza em um ambiente político já difícil e levando a continuidade do impasse político”.
Resposta
Em resposta ao comunicado, o Ministério da Fazenda afirmou que "reitera a confiança na capacidade da economia brasileira de retomar um ciclo de crescimento".
Neste ano a Fitch é a segunda agência que rebaixa a nota de crédito da dívida do país para grau especulativo. Em setembro foi a vez da agência Standard & Poor’s rebaixar a nota do país.
O Ibovespa já estava caindo e continua com perdas significativas, enquanto o dólar subia mais de 2%, cotado a R$ 3,95. A perda era esperada, mas deve significar retirada de recursos do país.
Imagem: Matt Lloyd/BloombergFitch rebaixa nota e tira selo de bom pagador do Brasil
Grande parte dos investidores internacionais exige o selo de bom pagador de pelo menos duas agências para poder direcionar seus recursos. O Brasil ainda tem grau de investimento pela Moody’s, mas a nota, que está apenas um degrau acima do nível especulativo, foi colocada em revisão há uma semana.
Contexto
O envio de alteração da meta fiscal de 2016 de 0,7% para 0,5%, com possibilidade de abater investimentos, enviada na terça-feira (15) pelo governo, foi um dos fatores que influenciaram a turbulência do mercado.
A decisão é uma “derrota” do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que se sente “ligeiramente ofuscado” e que segundo reportagem do jornal Valor Econômico, ele já anunciou sua saída do governo.
Justificativa
De acordo com a Fitch, o rebaixamento reflete uma recessão maior do que a esperada e o aumento da incerteza política. O comunicado de rebaixamento cita o aumento no desemprego, alta da inflação e aperto no crédito como prejudiciais ao consumo.
No documento as incertezas políticas, os problemas da construção civil e os efeitos das investigações da Operação Lava Jato também são citados como fatores que afetam o investimento.
A Fitch acredita que o PIB passe de 3,7% em 2015 para 2,5% em 2016 e que a possibilidade de déficit fiscal ultrapasse os 10%. A nota ainda fala que "as repetidas mudanças nas metas fiscais minaram a credibilidade da política fiscal” e que “o início recente de procedimentos de impeachment contra a presidente Rousseff está aumentando a incerteza em um ambiente político já difícil e levando a continuidade do impasse político”.
Resposta
Em resposta ao comunicado, o Ministério da Fazenda afirmou que "reitera a confiança na capacidade da economia brasileira de retomar um ciclo de crescimento".
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