O prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) voltou a cobrar uma ação mais efetiva do Governo do Piauí quanto ao custeio da saúde na Capital. Ao GP1 nesta sexta-feira (07), ele afirmou que as dificuldades econômicas que o Estado vem atravessando não podem afetar o funcionamento dos hospitais regionais porque, sem esse aparato no interior, as unidades de saúde da Capital acabam tendo que arcar com todos os atendimentos.
Firmino fez um comparativo entre as ações do Piauí e do Maranhão no setor da Saúde e disse que o comprometimento do estado vizinho fez diminuir o fluxo de pacientes à procura de atendimento médico em Teresina.
“Temos informações que essa falta de recursos também pode afetar outros municípios e isso prejudica a Saúde de todo Piauí, especialmente os municípios com atenção básica, com capacidade maior de evitar a vinda dos pacientes para hospitais de média e alta complexidades de Teresina. A gente olha do outro lado do Rio Parnaíba e percebe que no Governo Sarney e no Governo Flávio Dino houve um fortalecimento da Saúde com a construção de novos hospitais regionais e isso diminuiu o fluxo de pacientes para Teresina, por isso, o Piauí precisa fortalecer os hospitais regionais”, afirmou o prefeito teresinense.
- Foto: Helio Alef/GP1Prefeito Firmino Filho
Dívida com FMS
Firmino Filho também revelou que o Governo do Piauí deve mais de R$ 26 milhões para a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina.
“Existe um débito da Secretaria de Estado [da Saúde] do Piauí em relação a Fundação Municipal de Saúde acima de R$ 26 milhões. Isso não é um montante qualquer, é um montante significativo e dificulta a própria gestão da FMS. Já tivemos uma visita com o secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, mostramos nossa preocupação porque essa crise econômica do estado termina por prejudicar o próprio funcionamento da atenção básica”, disse o prefeito.
Governo Federal
Firmino informou que existe uma contrapartida do Governo Federal, mas, afirmou que o valor repassado para Teresina não suficiente para arcar com todas as despesas.
“Nós temos vários financiamentos [federais] da atenção básica, na média e alta complexidades, mas, existe a necessidade de mais recursos federais”, finalizou ele.
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