O ex-presidente Lula requereu ao juiz federal Sérgio Moro na segunda-feira (16), que ele determine à força-tarefa da Operação Lava Jato e ao empreiteiro Marcelo Odebrecht que informem se possuem as vias originais de documentos apresentados em ação sobre supostas propinas do Grupo para o petista.
De acordo com informações do Estadão, Lula é acusado no processo de receber vantagens indevidas que incluiriam um terreno de R$ 12,5 milhões para o Instituto Lula e uma cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.
O pedido da defesa ocorreu três dias depois de o juiz da Lava Jato ter pedido os recibos originais do aluguel da cobertura. O apartamento, que é vizinho à residência de Lula, está em nome do engenheiro Glaucos Costamarques, apontado pelos investigadores como “laranja” do petista. Glaucos é primo distante do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
A investigação foi aberta por iniciativa do Ministério Público Federal, por meio de um incidente de falsidade em 5 de outubro. Os advogados do ex-presidente rebatem a suspeita. Eles haviam entregue à Justiça cópias dos recibos, alguns com datas inexistentes no calendário, como 31 de novembro.
- Foto: Lucas Dias/GP1Lula recebe título na Universidade Federal do Piauí
A defesa de Lula então cobrou, esta segunda, por meio de um incidente de falsidade aberto em 1 de setembro, questionou três documentos anexados à ação penal. Para todos, a defesa pediu e “realização de exames grafoscópico e documentoscópico”.
Ao juiz Moro, os advogados pediram que "seja determinado ao Ministério Público Federal e ao corréu-delator que informem se dispõem das vias originais dos documentos aqui contestados, juntados, para que essas vias também sejam usadas na realização de prova pericial".
“Seja determinada a realização de exames grafoscópico e documentoscópico sobre cada um dos documentos ora impugnados, em suas versões originais, dando-se às partes a oportunidade de formulação de quesitos e a indicação de assistente-técnico”, solicitaram os advogados.
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