Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (10) que a prisão do estudante palestino Mahmoud Khalil, da Universidade Columbia, em Nova York, será seguida por outras. O universitário desempenhou um papel destacado nas manifestações pró-Palestina, no ano passado, consideradas de caráter antissemita.
“Essa é a primeira prisão de muitas que virão”, ressaltou o presidente norte-americano. “Sabemos que há mais estudantes em Columbia e em outras universidades do país envolvidos em atividades antissemitas, antiamericanas e pró-terroristas, e o Governo Trump não tolerará isso”.
O universitário foi encaminhado para um centro de imigração na Louisiana. Contudo, ainda não foi acertada a data de sua audiência no tribunal de imigração, passo crucial no processo de deportação. Khalil se formou na universidade no último dezembro. O estudante foi um dos principais ativistas que lideraram protestos na universidade no ano de 2024, sendo um dos negociadores para os estudantes que montaram um acampamento no campus. Khalil também foi investigado por um novo escritório da universidade, que já processou disciplinarmente outros estudantes por seu ativismo pró-Palestina.
Segundo a advogada de Khalil, Amy Greer, os agentes inicialmente alegaram estar cumprindo uma ordem do Departamento de Estado para revogar o visto de estudante dele. Ela informou ainda que quando informou que Khalil era residente permanente, eles afirmaram que iriam revogar o green card.
O Conselho de Relações Americano-Islâmicas se manifestou contrário à prisão, a organização nacional de defesa dos direitos civis dos muçulmanos pediu a liberação de Khalil, ao argumentar que ele é um residente permanente legal do país, assim sua prisão representa um ataque direto à Primeira Emenda. Para o conselho a determinação também viola as leis de imigração.
De acordo com as agências de notícias Reuters e a Associated Press, Trump disse ainda que muitos não são estudantes, mas sim agitadores pagos. “Encontraremos, prenderemos e deportaremos esses simpatizantes do terrorismo do nosso país”, completou o republicano.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ressaltou em suas redes sociais que o governo Trump revogará os vistos e green cards de apoiadores do grupo terrorista Hamas, com a intenção de deportá-los.
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