O presidente do Movimento Empreender Piauí (Move), o empresário Arthur Feitosa, disse ao GP1 na última quinta-feira (16), que a iminente falência das empresas do Estado será de inteira responsabilidade do Governo do Estado e da Prefeitura de Teresina, se providências não forem adotadas.
Assim como outros empreendedores, Arthur vem alertando para a possibilidade de demissões em massa em diversos setores, caso o poder público não apresente medidas urgentes para amenizar a crise causada pela covid-19.
- Foto: Arquivo PessoalArthur Feitosa
“A responsabilidade do desemprego em massa e da falência de algumas empresas será do Estado e da Prefeitura de Teresina”, alertou Arthur Feitosa.
O presidente do Move ainda chamou atenção para a necessidade de o empresariado unir forças e buscar o auxílio da Justiça para barrar as medidas de isolamento impostas em Teresina e em todo o Estado, por meio de decretos.
“Acho que o empresariado deve buscar o auxílio da Justiça para dirimir essas dúvidas e buscar a responsabilidade do Estado e da Prefeitura. As medidas que estão sendo adotadas são duras demais com o empresariado, é uma perseguição contra empresariado”, desabafou Arthur.
Colapso
Empresários de todo o Estado estão alertando para a possibilidade de colapso da economia do Estado com demissões em massa de profissionais de todos os setores. O presidente da Fecomércio do Piauí, o advogado Valdeci Cavalcante, tem sido duro quanto ao isolamento social. Ele disse que estados e municípios estão querendo arrancar recursos do Governo Federal e que por isso, tem adotado medidas restritivas desnecessárias.
O engenheiro e empresário do ramo da construção civil, Jivago Castro, também alertou para o risco de demissão em massa no setor, caso o poder público decida estender o isolamento e não apresente saídas para a crise financeira. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro), Fernando Feijão, afirmou que os empresários do transporte coletivo de Teresina estão planejando demitir 1400 trabalhadores.
Com a palavra o governador
Wellington Dias já havia se pronunciado sobre as reclamações dos empresários e, apesar de afirmar que tem preocupação com a causa, ponderou que a “vida é mais importante agora”.
“Sou um dos que mais quer a volta do comércio, mas a vida é mais importante agora. Sei que as empresas sofrem, os funcionários sofrem e o Governo também sofre com a perda na arrecadação. Mas qualquer decisão só será tomada com a garantia da saúde da população. A vida é mais importante nesse momento”, disse o governador.
Com a palavra o prefeito Firmino Filho
O GP1 também buscou uma resposta do prefeito Firmino Filho e do secretário de Comunicação Fernando Said, mas os dois preferiram não se manifestar sobre as críticas do empresário.
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