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Coronavírus no Piauí

Empresários estão desesperados e devem decretar falência, diz Valdeci Cavalcante

O presidente da Fecomércio fez um desabafo e disse que está abalado emocionalmente por conta das dificuldades que a classe empresarial está enfrentando.

O presidente da Federação do Comércio do Estado do Piauí (Fecomércio), Valdeci Cavalcante, concedeu entrevista ao GP1 na noite desta terça-feira (14), onde contou que empresários estão desesperados e correndo grande risco de decretar falência diante da suspensão das atividades econômicas após os decretos assinados pelo governador Wellington Dias e pelo prefeito Firmino Filho, devido à pandemia de coronavírus (covid-19).

Valdeci Cavalcante, que também é vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de bens, Serviços e Turismo (CNC), fez um desabafo e disse que está abalado emocionalmente por conta das dificuldades que a classe empresarial está enfrentando.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Valdeci Cavalcante Valdeci Cavalcante

Cavalcante contou que recebe diariamente inúmeras ligações de empresários, que, desesperados, não sabem como proceder diante da proibição do funcionamento de seus empreendimentos e temem ter que demitir funcionários.

“Eu já chorei tanto esses últimos dias, com ligações de senhoras e senhores desesperados porque vão ter que fechar as portas e não têm como manter e nem pagar seus funcionários. É algo devastador”, relatou.

Demissões em massa

O presidente da Fecomércio informou que os empresários estão fazendo todo o esforço possível para manter seus funcionários. No entanto, ele alerta que, caso sejam prorrogados os decretos, as demissões em massa serão inevitáveis.

“Como os empresários daqui têm uma ligação com seus funcionários, até atendendo pedido da Fecomércio, eles estão fazendo todo esforço para não demiti-los, mas se houver uma dilatação dos prazos dos decretos baixados pelo prefeito Firmino e pelo governador, começarão as demissões em massa, caso não consigamos uma decisão judicial para reabertura gradual e responsável das atividades empresariais”, declarou.

Dura realidade

A crise acarretada pelo isolamento social já vem afetando vários setores, como o de academias. Em entrevista ao GP1 na manhã dessa terça-feira (14) o educador físico e proprietário de uma rede de academias, Demóstenes Ribeiro, disse que a situação está cada vez mais complicada e que diversas pessoas já foram demitidas desde o início da quarentena.

“A situação está muito difícil, muito complicado, são muitas demissões, suspensão de contratos. Está muito complicado mesmo, as contas continuam, a conta de energia já chegou, aluguel, tudo a gente tem que honrar”, colocou o empresário.

Demissão em massa de trabalhadores do transporte coletivo

Também nesta terça (14), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (SINTETRO), Fernando Feijão, afirmou que as empresas de transporte coletivo de Teresina estão planejando uma demissão em “massa” de 1400 trabalhadores. Segundo o representante da categoria, há 2 mil trabalhadores na ativa, entre motoristas e cobradores.

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