Durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19) diversos donos de estabelecimentos têm encontrado dificuldades por conta dos decretos municipal e estadual que impedem o funcionamento do comércio. A crise já vem afetando vários estabelecimentos, como academias, que registraram muitas demissões de instrutores no último mês.
Em entrevista ao GP1 na manhã desta terça-feira (14) o educador físico e dono de academias Demóstenes Ribeiro disse que a situação está cada vez mais complicada no ramo de academias e que diversas pessoas já foram demitidas desde o início da quarentena.
- Foto: Divulgação/Otorrinos Demóstenes Ribeiro
"A situação está muito difícil, muito complicado, são muitas demissões, suspensão de contratos. Está muito complicado mesmo, as contas continuam, a conta de energia já chegou, aluguel, tudo a gente tem que honrar e realmente está muito complicado”, relatou o empresário.
Saúde
O profissional defendeu que a categoria também está preocupada com a saúde das pessoas, tendo em vista que ficar dentro de casa pode causar nervosismo, o que acaba baixando a imunidade. Demóstenes frisou que os donos de academias também dão aulas de educação física nos estabelecimentos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Academia Demóstenes Ribeiro
"Nós defendemos a importância dos serviços prestados pelas academias no sentido de promover saúde e de preservar a saúde da população. Nossa preocupação não é apenas financeira, até mesmo porque nós não somos somente empresários, somos empresários e professores também”, continuou.
Sindicato
Em uma publicação nas redes sociais, o Sindicato das Academias do Estado do Piauí (Sindacad-PI) usou exemplos de alguns estabelecimentos que seguem abertos e questionou o fato das academias permanecerem fechadas, já que, conforme o comunicado, o exercício físico melhora a imunidade, a saúde física e mental do participante.
A publicação dividiu opiniões, mas Demóstenes explicou que os donos das academias não querem descumprir a quarentena, querem apenas voltar ao funcionamento quando outros serviços também considerados não essenciais voltarem a abrir.
"A gente não está reivindicando abrir antes do decreto encerrar, a gente quer seguir toda a determinação dos órgãos superiores. Pelo que se está desenhando, quando encerrar agora a quarentena, alguns serviços vão voltar e outros não. E a gente entende que o serviço prestado na academia é de extrema importância para a saúde da população. O que a gente quer é não ficar de fora dos segmentos que vão reabrir", finalizou.
Confira a publicação:
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