O presidente do Movimento Empreender Piauí (Move), o empresário Arthur Feitosa, criticou em entrevista ao GP1 nesta terça-feira (14), a forma como os governos Estadual e de Teresina estão trabalhando as medidas de prevenção para conter a proliferação da covid-19. Ele se mostrou contra ao isolamento total e alertou que essa determinação poderá provocar, em breve, uma crise ainda maior puxada pelo desemprego e falência de muitas empresas.
Arthur defendeu a liberação de todas as atividades comerciais suspensas, mas com a adoção de medidas recomendas pelas autoridades de saúde para evitar que o vírus se propague.
“Não havia necessidade do isolamento total. A falência das empresas e o desemprego em massa poderão matar muito mais que a covid-19. Nosso ponto de vista sempre foi tomar todas as medidas ditas pelas autoridades sanitárias. Todas as precauções possíveis, mas não podemos parar a atividade econômica. Nem a indústria, nem o comércio, nem o serviço e nem o agronegócio”, ponderou Arthur.
- Foto: DivulgaçãoArthur Feitosa
O presidente do Move elencou algumas medidas de prevenção que podem ajudar a conter a disseminação, mesmo com as atividades econômicas em pleno funcionamento.
“O que nós temos que fazer é redobrar os cuidados na atividade econômica do Estado. É impor o distanciamento obrigatório de um metro e meio entre os colaboradores do chão de fábrica ou nas lojas. Selecionar entrada mediante senha de frequentadores de shoppings, de lojas. Os lojistas são obrigados a oferecer para venda ou até mesmo doar para todos os frequentadores das lojas luvas, álcool em gel e máscaras”, sugeriu ele.
Arthur Feitosa informou ainda que o empresariado sempre tem mantido contato com as autoridades para que possam reavaliar os decretos do Governo do Estado e da Prefeitura de Teresina que impuseram o isolamento horizontal, que paralisa o funcionamento de todas as atividades, exceto as consideradas essenciais, como farmácias, supermercados e padarias.
“Entendemos que fazer o isolamento total, parar a atividade econômica vai sim salvar algumas vidas da covid-19 nesse primeiro momento, mas quando voltar muita gente vai ficar no caminho do desempenho e da falência de muitas empresas. É por isso que a gente está sempre em contato com as autoridades solicitando que repensem a forma como foi utilizado no Piauí, especialmente em Teresina, no combate a covid-19”, finalizou Arthur.
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