Na madrugada desta segunda-feira (12), durante os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, a escola de samba Paraíso do Tuiuti foi um dos maiores destaques na avenida. Com o enredo do carnavalesco Jack Vasconcelos, intitulado “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, a escola fez críticas políticas contra as reformas Trabalhista e da Previdência e contra o impeachment da presidente Dilma (PT), em 2016.
- Foto: Divulgação/WhatsAppHistoriador Léo Moraes utilizou a fantasia de presidente vampiro
Em um dos carros alegóricos, uma figura chamou atenção. Uma espécie de vampiro carregava uma faixa presidencial e foi intitulado como “presidente vampiro”. Mesmo sem admitir que a fantasia fosse em “homenagem” ao presidente Michel Temer, o historiador que se caracterizou com a roupa afirmou que a escola levou para a avenida um desejo da população.
“Eu acho que a gente está fazendo uma coisa que todo mundo quer. Todo mundo quer botar pra fora, as pessoas querem gritar o “Fora Temer”, as pessoas querem se manifestar”, explicou Léo Moraes em entrevista ao G1.
- Foto: Divulgação/WhatsAppManifestantes a favor do impeachment de Dilma foram retratados como fantoches
Uma ala que chamou atenção foi a de pessoas vestidas com a camisa da seleção brasileira como fantoches. A fantasia faz alusão ao movimento que teve adesão de milhões de brasileiros pedindo a saída de Dilma, então presidente do país. Os manifestantes foram retratados como fantoches. Alguns carregavam na cintura um pato amarelo, símbolo da campanha da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que afirmava “não vou pagar o pato”.
- Foto: Divulgação/WhatsAppO pato da Fiesp também foi um dos destaques do desfile
Com tanto protesto em forma de samba, o Paraíso do Tuiuti também levou para a avenida protesto contra a reforma trabalhista, aprovada em julho de 2017. Membros da escola vestiam fantasias de carteira de trabalho suja, reivindicando melhores condições de trabalho.
- Foto: Divulgação/WhatsAppA escola também criticou a reforma Trabalhistas
Outro destaque no sambódromo foi a ala de escravos, que trouxe o “grito de liberdade”. Na avenida, homens e mulheres acorrentados cantavam “Não sou escravo de nenhum senhor. Meu Paraíso é meu bastião. Meu Tuiuti, o quilombo da favela. É sentinela da libertação”. Após o desfile, a escola ficou como o segundo assunto mais comentado no Twitter.
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