O centrista Emmanuel Macron, 39 anos, venceu neste domingo (7) a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, 48 anos, e foi eleito o novo presidente da França. Na França, 47 milhões de pessoas estavam aptas a votar, mas como o voto não é obrigatório, cerca de 12 milhões de franceses não votaram. Macron recebeu 20 milhões de votos enquanto a sua adversária recebeu 11 milhões. Brancos ou nulos foram de 4 milhões.
- Foto: Facebook/Emmanuel MacronPresidente Emmanuel Macron
A eleição começou às 8h local (3h pelo horário de Brasília) e encerrada às 19h (14h de Brasília). Por volta das 16h (horário de Brasília) Macron foi reconhecido como novo presidente da França e fez um pronunciamento afirmando que agora “abre-se uma nova página da nossa longa história. Quero que seja a da esperança e a da confiança recuperada”.
Segundo informações do G1, o presidente eleito ainda afirmou que a França estará à frente da luta contra o terrorismo e que a moralização da vida pública do país será a primeira prioridade de seu mandato. Em discurso, Le Pen reconheceu a derrota e afirmou que o seu partido da Frente Nacional precisa mudar e defendeu a constituição de uma nova força política.
Propostas diferentes
Emmanuel Macron e Marine Le Pen eram dois candidatos que apresentaram muitas propostas opostas em relação à direção em que queriam o país. Marine Le Pen apresentou propostas controversas relacionadas a reformas econômicas, defendeu políticas restritivas de imigração para combater o terrorismo no país, além de defender a flexibilização das leis de trabalho, com aumento da jornada de trabalho de 35 para 39 horas semanais.
- Foto: Facebook/Marine Le PenMarine Le Pen
Já Macron, é conhecido por ser responsável por um projeto de lei que tem como objetivo melhorar a economia francesa por meio de medidas como ampliação do trabalho dominical e da modificação das condições do exercício de várias profissões liberais, como os tabeliães e os oficiais auxiliares de Justiça.
Ele ainda defende um reforço no combate ao terrorismo, com um reforço na guarda de fronteira, criando de 10 mil postos de policiais e 15 mil vagas em prisões para abrigar pessoas envolvidas com terrorismo. O político também apoia a acolhida de refugiados e uma reformulação das condições de pedido de asilo. Macron disse que vai reduzir o imposto que incide sobre as empresas (de 33,3% para 25%) para tornar o país mais competitivo e reduzir as despesas públicas.
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