A relação entre o Progressistas (PP) e o PT não é mais o ‘céu de brigadeiro’ que se observava no final das eleições deste ano. O ‘racha’ foi desencadeado pela discordância de estratégias acerca da escolha da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Isso porque, diferente do que deseja o PP, o PT defende que os dois próximos anos da administração do parlamento piauiense fiquem nas mãos de um membro do Partido dos Trabalhadores.
Durante entrevista ao GP1, nesta sexta-feira (14), o deputado eleito Franzé Silva (PT) deixou transparecer a contrariedade com a intenção do Progressistas de tentar emplacar o nome do deputado Hélio Isaías como representante do 'grupo', PT e PP. Franzé afirmou que o objetivo é trabalhar um representante que reúna todas as condições de organizar a Alepi e, para ele neste quesito, os petistas saem na frente.
“Se é para organizar a Assembleia, dinamizar a Casa, o correto é que o nome seja do PT no primeiro biênio e para os próximos dois anos, que seja um nome do PP. Nós temos mais experiência e mostramos isso quando assumimos o governo em 2003, quando melhoramos todos os índices do Estado”, disparou o deputado eleito.
- Foto: Lucas Dias/GP1Franzé Silva
Elogios a Themístocles
Franzé também teceu elogios a administração do atual presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Sampaio Filho (MDB) e disse que for para trabalhar um substituto, que seja alguém com um projeto de desenvolvimento que se sobressaia as ações implementadas pela direção atual da Alepi.
“Não é trocar por trocar, por isso, digo que se é para organizar a Alepi tem que ser um nome que apresente um projeto nesse sentido e que consiga convencer todos os deputados. O deputado Themístocles Filho vem fazendo uma excelente administração. Ele construiu o prédio anexo, desenvolveu a comunicação do parlamento que é respeitado em todo o Brasil, diferente de algumas Casas legislativas, como a do Rio de Janeiro, onde deputados foram presos por condutas ilícitas”, ressaltou o petista.
Consenso
Considerando o ‘racha’ entre PT e PP, quando questionado se havia a possiblidade de consenso - como vem pedindo o governador Wellington Dias - acerca do nome do deputado Themístocles Filho, Franzé foi cauteloso e evitou fazer análises comprometedoras.
“O governador é uma das maiores lideranças do nosso Estado e tudo que ele diz deve ser considerado. Mas, até a eleição, ainda teremos muitos diálogos e eu acredito no consenso, no entendimento. Isso é possível. O governador é um homem sábio e não vai querer desavenças na base”, analisou ele.
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