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Política

Dilma tem que equilibrar Orçamento para poupar Bolsa Família

Ricardo Barros, relator do projeto de Orçamento de 2016 rebateu à criticas da presidente.

Nesta quinta-feira (22), o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do projeto de Orçamento de 2016, respondeu às criticas da presidente Dilma de cortar R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família.
Imagem: DivulgaçãoPresidente Dilma Rousseff(Imagem:Foto: Divulgação)Presidente Dilma Rousseff

O Bolsa Família é um dos principais programas do governo do PT e prevê repasses mensais de recursos para famílias de baixa renda. Nesta quarta-feira (21), após o deputado anunciar que vai tirar 35% dos R$ 28,8 bilhões previstos para o programa social, a presidente declarou em sua conta no Twitter que a medida seria o mesmo que “atentar contra 50 milhões de brasileiros”.

Barros ironizou a declaração da presidente e afirmou que fica satisfeito em ver que Dilma esta se envolvendo pessoalmente na discussão orçamentária. O relator falou ainda que espera que o Planalto evite o corte apresentando um Orçamento equilibrado.

“Fico satisfeito que a presidente tenha pessoalmente se envolvido na questão dos cortes e espero que a mensagem modificativa que o governo enviará ao Congresso permita evitar essa retirada de recursos. Para isso, o governo precisa enviar um Orçamento equilibrado, com receitas seguras”, afirmou.

A proposta de cortar R$ 10 bilhões do programa federal impediria o ingresso de novos beneficiários, mas as famílias cadastradas atualmente continuariam recebendo. Barros destacou ainda que não computará como receita os ganhos que o governo pretende obter com a volta da CPMF.

A volta da CPMF é a principal proposta do pacote de redução de gastos e aumento de tributos anunciada pelo Planalto a fim de reduzir o rombo de pelo menos R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016. O imposto sobre movimentação financeira responde por metade dos R$ 64 bilhões que o governo federal pretende obter com o ajuste fiscal.

“A CPMF, nós não vamos considerar. Temos que ter receitas que o mercado possa confiar. Eu até vou votar a favor da CPMF, mas esse projeto não vai ser votado neste ano e as pessoas não acreditam que vá passar. Queremos um orçamento com receitas consistentes”, afirmou o deputado.
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