A presidente afastada Dilma Rousseff, leu nesta terça-feira (16), uma carta endereçada aos senadores, que irão votar no final do mês se ela deve ser ou não afastada definitivamente do cargo. Ré por crimes de responsabilidade no processo de impeachment, a petista propôs um plebiscito para consultar a população brasileira sobre uma nova eleição presidencial. Ela também voltou a afirmar que está sofrendo um “golpe”.
O manifesto de quatro páginas, foi apresentado pela presidenta afastada Dilma Rousseff em entrevista coletiva realizada na residência oficial da Presidência da República e transmitida na página da petista no Facebook.
“Meu retorno à Presidência por uma decisão do Senado significará a reafirmação do estado democrático de direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política”, afirmou Dilma. Ela disse ainda acolher com “humildade e determinação” as críticas por seus erros políticos e econômicos.
- Foto: ExameDilma Rousseff
De acordo com informações do G1, o principal objetivo da carta, intutulada "Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro" é tentar obter o apoio, no julgamento final do processo impeachment, de senadores que ainda estão indecisos. Ela começará a ser julgada no Senado em 25 de agosto.
"Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho", diz trecho da carta.
"Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes. Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições”, disse a petista em outro trecho do documento.
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