Na manhã desta terça-feira (01), os deputados da oposição Gustavo Neiva (PSB) e Teresa Britto (PV) realizaram uma vistoria no Campus Clóvis Moura, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), no bairro Dirceu, em Teresina. Os dois cobraram mais atenção com a Educação do Estado.
De acordo com os deputados, que são membros da Comissão de Educação da Alepi, vários problemas foram detectados, entre eles, o atraso de três meses nos salários dos servidores terceirizados, a falta de equipamentos, o não pagamento de bolsas de estudo e a falta no repasse de custeio do campus.
- Foto: Divulgação/AscomTeresa Britto mostra grande quantidade de lixo
“A situação é bastante precária, vai além do que nós imaginávamos, falta segurança, limpeza, estrutura, professores, são quase 600 disciplinas sem docentes. É realmente uma situação calamitosa, eu acho que o governo do estado não tem a educação como prioridade”, comentou o deputado Gustavo Neiva.
A presidente da Comissão de Educação da Assembleia, deputada Teresa Britto, fez duras críticas ao governador Wellington Dias (PT) e disse que ele montou uma comissão em janeiro, mas não fez nada de concreto para melhorar a Uespi.
- Foto: Divulgação/AscomSituação precária de banheiro
“É preciso ter uma resposta imediata, o governo até agora só enganou e não fez nada. Pelo contrário, está cada vez mais precária a situação da UESPI com esse número exorbitante de falta de professores bem como esse atraso nos salários dos terceirizados, que são importantes para que o campus possa funcionar. Nós vamos acionar o Ministério Público do Trabalho, porque a empresa não está depositando fundo de garantia, previdência social e os tickets de alimentação também estão atrasados”, relatou.
Ela também falou do duodécimo para a Uespi e disse que poderá entrar com uma ação contra o governador, o secretário de Fazenda Rafael Fonteles e o reitor da universidade, Nouga, que segundo ela, não está fazendo nada para as melhorias da universidade.
- Foto: Divulgação/AscomOposição escuta alunas na Uespi
“Além de regularizar a situação dos professores e dos terceirizados, nós temos que definir também o duodécimo da Uespi, que é o percentual direcionado para a universidade onde não passa para a Secretaria de Fazenda como tem o TJ e a Alepi. É um recurso independente, porque atualmente os recursos são repassados pela Secretaria de Fazenda, e se o governador e o secretário não autorizar, a Uespi fica sem recursos, como acontece hoje. A Universidade, do jeito que ela está, se não fizer nada ela vai fechar. Mas nós vamos tomar essas providências no sentido de cobrar e encaminhar documentos, para que, se necessário entrar com uma ação contra o governador, o secretário de fazenda e o reitor,” completou a deputada.
- Foto: Divulgação/AscomCarteiras quebradas na Uespi
Outro lado
Ao GP1 nesta terça-feira (01), a assessoria da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) informou que a Instituição não tem autonomia financeira, por isso, todos os trâmites passam pelos órgãos do Governo do Estado.
Segundo a UESPI, em relação ao atraso dos terceirizados, a Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ), repassou que o governo já fez o pagamento de alguns atrasados. Já sobre as bolsas, a SEFAZ comunicou que vai acertar os atrasos ainda essa semana.
Ainda de acordo com a assessoria, ficou decidido em reunião entre o governador Wellington Dias e o reitor Nouga, que em relação a FACIME, os alunos da UESPI terão prioridade nos hospitais da rede estadual.
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