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Delegacias do Piauí são obrigadas a trabalhar com 60 litros de gasolina por semana

O abastecimento é feito na segunda, terça e quarta e em algumas delegacias, a quantidade é de apenas 20 litros a cada dia. A denúncia é do Sinpolpi que afirma que o ideal seriam 12

O trabalho da polícia civil, entre outros, é o de garantir a segurança dos cidadãos, investigar e descobrir os crimes que não puderam ser prevenidos. Mas, no Piauí os policiais civis estão sendo impedidos de realizar esse trabalho.

Em Teresina, cada delegacia recebe uma quantidade fixa de combustível por semana, algumas delegacias recebem 60 litros por semana, como é o caso do 8º DP, no bairro Dirceu Arcoverde, quantidade que é insuficiente, por conta do trabalho que chega a ser maior em relação a outras delegacias.

Na manhã de ontem (15), os agentes do 8º DP ficaram impedidos de transferir oito presos, por que a gasolina da viatura havia acabado. Os dias para abastecimento são na segunda, quarta e sexta, sendo 20 litros a cada dia.

Há dificuldade também na hora do abastecimento no posto credenciado. Na segunda-feira (15) o posto, que fica na Avenida Marechal Castelo Branco, se recusou a abastecer as viaturas e a informação que foi dada é que o serviço está suspenso, depois de muita insistência outro posto fez o abastecimento.

Para o vice-presidente do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis do Piauí), Sousa Filho, o ideal seria 120 litros para cada delegacia.
Imagem: Wanessa Gommes/GP1Sousa Filho, vice-presidente do Sinpolpi(Imagem:Wanessa Gommes/GP1)Sousa Filho, vice-presidente do Sinpolpi
“A falta de combustível acarreta na paralisação das atividades, como diligências, atendimento a um chamado da população e condução dos presos”, relatou Sousa Filho.

Mas, os problemas das delegacias não estão somente na falta de combustível. A falta de material de expediente agrava ainda mais a situação. Há três meses, o 8º DP está sem receber os recursos da Secretaria de Segurança. Na delegacia falta de tudo, desde papel até o gás. Para beber água, os próprios agentes têm que levar de casa ou comprar, o mesmo acontece com o gás, material de limpeza e outros.

As denúncias são do sinpolpi, que também reivindicam aumento do quadro de agentes de polícia. “O estado possui hoje 1.200 agentes, sendo que o ideal seriam 3.000 agentes. Para se ter uma idéia em 1991 havia 700 agentes, hoje, 21 anos depois o número nem chegou a dobrar”, critica o vice-presidente.

O outro lado

A equipe do GP1 tentou falar com o secretário de Segurança, Robert Rios, através de seu celular, mas não obteve êxito.

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