Policiais Civis do Piauí entregaram na manhã desta terça-feira (7) um relatório para o subprocurador do Ministério Público, Alípio Santana, com denúncias, principalmente pela falta de investigação por parte dos delegados em relação as denúncias que são encaminhadas pela sociedade. Segundo os policias, cerca de 98% das notícias crimes não são investigadas.
O presidente do Sindicato dos policiais civis do Piauí (Sinpolpi), Cristiano Ribeiro, entregou o relatório, que possui mais de 600 páginas, e criticou a falta de inquéritos instaurados. O inquérito possuem dados por mês e por delegacia. Somente em janeiro foram registrados 9.650 boletins de ocorrência.
“Realmente todas as delegacias do estado do Piauí estão passando por isso. Só no caso do 2º Distrito Policial, foram registradas 658 notícias criminais no mês de janeiro, que são também conhecidos como boletins de ocorrência. Para se ter uma ideia, desse total apenas foi aberta uma portaria, ou seja, o ato inaugural de uma investigação. Apenas um casofoi baixado a portaria para investigar. Isso não deveria acontecer e precisa ser investigado”, disse.
Segundo o presidente do Sinpolpi, a falta de investigação é em parte por causa de alguns delegados que não estariam cumprindo com a sua carga horária. “No movimento polícia legal, nós temos denunciado o descumprimento por parte de muitos delegados, nós não podemos generalizar, mas alguns não estão cumprindo a jornada de 44hs semanais. Aí a gente vê o descaso com esses números. Esse é o ofício de um delegado de polícia. A pessoa chega para registrar um furto, um roubo e nem sequer uma portaria para iniciar as investigações é feita. Então estamos denunciando essa situação, assim como a falta de estrutura”.
Os policiais foram recebidos pelo subprocurador do Ministério Público, Alípio Santana, e disse que pretende que a instituição ajude os policiais civis na resolução desses problemas.
“Queremos que o Ministério Público tome as medidas cabíveis, junto a Corregedoria de polícia e até de outros órgãos de controle. Pois esperamos que a sociedade tenha um trabalho diferenciado. Pois se a pessoa aparece em uma delegacia, é porque ela quer resolver um problema, normalmente em uma situação extrema. Nós queremos que a sociedade, ao nos procurar, nós possamos dar o melhor atendimento possível e a resolutividade do caso”,afirmou.
O subprocurador afirmou que as denúncias são graves e que irá analisar o caso com cuidado. “Vamos tomar as medidas necessária, as denúncias que eles fizeram são graves, primeiro vamos analisar esse relatório e depois vamos encaminhar para que seja investigado. Acredito que o governador Wilson Martins deve tomar conhecimento dessas denúncias e nós vamos tomar as medidas necessárias”, finalizou o subprocurador.
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Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Policiais Civis
O presidente do Sindicato dos policiais civis do Piauí (Sinpolpi), Cristiano Ribeiro, entregou o relatório, que possui mais de 600 páginas, e criticou a falta de inquéritos instaurados. O inquérito possuem dados por mês e por delegacia. Somente em janeiro foram registrados 9.650 boletins de ocorrência.
“Realmente todas as delegacias do estado do Piauí estão passando por isso. Só no caso do 2º Distrito Policial, foram registradas 658 notícias criminais no mês de janeiro, que são também conhecidos como boletins de ocorrência. Para se ter uma ideia, desse total apenas foi aberta uma portaria, ou seja, o ato inaugural de uma investigação. Apenas um casofoi baixado a portaria para investigar. Isso não deveria acontecer e precisa ser investigado”, disse.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Dados de janeiro de 2013, sobre o número de boletins de ocorrência registrados em cada delegacia
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Dado mostra que apenas uma portaria foi aberta em janeiro pelo 2º DP
Segundo o presidente do Sinpolpi, a falta de investigação é em parte por causa de alguns delegados que não estariam cumprindo com a sua carga horária. “No movimento polícia legal, nós temos denunciado o descumprimento por parte de muitos delegados, nós não podemos generalizar, mas alguns não estão cumprindo a jornada de 44hs semanais. Aí a gente vê o descaso com esses números. Esse é o ofício de um delegado de polícia. A pessoa chega para registrar um furto, um roubo e nem sequer uma portaria para iniciar as investigações é feita. Então estamos denunciando essa situação, assim como a falta de estrutura”.
Os policiais foram recebidos pelo subprocurador do Ministério Público, Alípio Santana, e disse que pretende que a instituição ajude os policiais civis na resolução desses problemas.
“Queremos que o Ministério Público tome as medidas cabíveis, junto a Corregedoria de polícia e até de outros órgãos de controle. Pois esperamos que a sociedade tenha um trabalho diferenciado. Pois se a pessoa aparece em uma delegacia, é porque ela quer resolver um problema, normalmente em uma situação extrema. Nós queremos que a sociedade, ao nos procurar, nós possamos dar o melhor atendimento possível e a resolutividade do caso”,afirmou.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Reunião com os policiais civis e o subprocurador Alipio
O subprocurador afirmou que as denúncias são graves e que irá analisar o caso com cuidado. “Vamos tomar as medidas necessária, as denúncias que eles fizeram são graves, primeiro vamos analisar esse relatório e depois vamos encaminhar para que seja investigado. Acredito que o governador Wilson Martins deve tomar conhecimento dessas denúncias e nós vamos tomar as medidas necessárias”, finalizou o subprocurador.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Subprocurador Alípio Santana
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Cristiano Ribeiro com relatório de denúncias
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