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Política

Conselho de Ética da Câmara aprova cassação de Eduardo Cunha

O parecer do deputado Marcos Parente (DEM-RO), teve 11 votos favoráveis e 9 contra.

Em votação na tarde desta terça-feira (14), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB). O parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), teve 11 votos favoráveis e 9 contra. 

A partir da data de publicação no Diário Oficial, Cunha terá cinco dias úteis para recorrer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A comissão pode apenas opinar sobre aspectos formais do relatório.
Imagem: EstadãoEduardo Cunha(Imagem:Estadão)Eduardo Cunha
Após esse prazo, o processo segue para votação no plenário da Câmara. Para ser aprovado, a documento deve ter o voto favorável de 257 dos 513 deputados. 
 
Eduardo Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar, de manter contas secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência dessas contas em depoimento à CPI da Petrobras, no ano passado. Ele nega as acusações e afirma ser o beneficiário de fundos geridos por trustes (entidades jurídicas formadas para administrar bens e recursos).
 
De acordo com informações do G1, o relatório apresentado elo deputado Marcos Rogério, descreve que o presidente afastado da Câmara usava trustes e offshores para “ocultar" patrimônio mantido fora do país e para receber propina de contratos da Petrobras.
 
Outro lado

O deputado Eduardo Cunha enviou nota a imprensa informando que vai recorrer à Comissão de Constituição em Justiça. 
 
O texto afirma que “o processo foi todo conduzido com parcialidade, com nulidades gritantes”. Ele cita ainda que o relator, deputado Marco Rogério (DEM) não poderia ter se filiado a um partido integrante do bloco do PMDB. Cunha diz ainda que acredita que poderá reverter a situação no plenário da Câmara. 
 
O texto finaliza com a negação, mais uma vez, das acusações. “Repito: sou inocente da acusação, a mim imputada pelo parecer do Conselho de Ética, de mentir a uma CPI”,  diz o texto. 
 
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