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Ciclovia desaba após sequência de ondas fortes no Rio

A via foi inaugurada há pouco mais de três meses e custou quase R$ 45 milhões.

Um trecho de aproximadamente 50 metros da ciclovia Tim Maia desabou após uma sequência de ondas fortes. A via, inaugurada no começo desse ano, liga os bairros Leblon e São Conrado, na zona Sul do Rio de Janeiro e segundo o ‘G1’, tem 3,9 km de extensão e custou 44, 7 milhões de reais aos cofres públicos.

Imagem: Custódio CoimbraVia Tim Maia desaba e mata pelo menos duas pessoas (Imagem:Custódio Coimbra)Ciclovia Tim Maia desaba e mata pelo menos duas pessoas 

Desde o acontecimento, na manhã de ontem (21), o Corpo de Bombeiros continua as buscas nesta sexta-feira (22). Até o momento, os corpos de duas pessoas foram encontrados, uma delas trata-se do engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos e a outra ainda não foi identificada. Uma terceira pessoa ficou ferida e foi resgatada com vida.

O engenheiro civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, Antônio Eulálio, declarou à Globo News que acredita que “uma falha do projeto” pode ter sido o motivo do desabamento. “O problema é que não foi previsto no projeto essa força excepcional porque a onda levantou a ponte. Acho que foi uma falha de projeto. Só tem uma viga central praticamente, então, não tem resistência para o momento. São dois apoios, ele não conseguiu suportar esse esforço de rotação, devido a onda que bateu. Foi falha de concepção do projeto”.

A responsável pela obra, o Consórcio Contemat-Concrejato, ressaltou que uma equipe técnica da empresa está trabalhando em coordenação com a Secretaria Municipal de Obras e que estão priorizando nesse momento a assistência às vítimas e familiares e a análise das causas do desastre. Essa empresa pertence ao avô do Secretário Municipal de Turismo, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello, porém ele esclareceu em nota que nunca teve relação com a empresa. "Tendo em vista que alguns órgãos de imprensa ligaram meu nome ao da empresa Concremat, venho esclarecer que apesar do parentesco, durante toda minha vida jamais trabalhei ou tive qualquer participação ou relação com os negócios da Concremat, empresa fundada por meu avô há mais de 60 anos. Tentar ligar meu nome ao da empresa além deste parentesco é fato sem fundamento e sem sentido”.

Veja na íntegra a nota da Prefeitura Municipal do Rio:

"O prefeito Eduardo Paes lamenta profundamente o acidente na Ciclovia da Niemeyer e se solidariza com as famílias das vítimas e com todos os cariocas neste momento. O prefeito estava em deslocamento para a Grécia - onde participaria, em Atenas, da cerimônia de passagem da tocha olímpica - e já está voltando para o Brasil. Paes atenderá a imprensa amanhã, assim que chegar ao Brasil, o que não tem horário previsto.

- É imperdoável o que aconteceu, já determinei a apuração imediata dos fatos e estou voltando para o Brasil para acompanhar de perto - disse o prefeito, que saiu ontem à noite do Rio.

A Prefeitura do Rio esclarece que a prioridade neste momento é garantir a segurança da população e o atendimento às vítimas e aos seus familiares. Técnicos do município estão desde cedo no local, trabalhando com coordenação da Secretaria Municipal de Obras. O resultado da vistoria realizada pela Fundação Geo-Rio para apurar as causas do acidente será divulgado assim que concluído. Os reparos serão executados pela empresa responsável pela construção, sem ônus adicionais ao município, já que a ciclovia ainda está na garantia de obra. A Avenida Niemeyer permanece interditada ao tráfego e o Corpo de Bombeiros continua as buscas no local."

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