Novos casos de infecção por coronavírus no Japão, Alemanha e Vietnã indicam que já há transmissão da doença fora da China, o que aumenta o alerta para o risco de uma epidemia global.
Até agora, os casos reportados fora do território chinês eram relacionados a pessoas que haviam viajado à região de Wuhan, cidade onde o surto começou e provável local de infecção dessas pessoas. Ou seja, na maioria dos casos, a principal hipótese é a de que eles tenham se infectado na China e apenas recebido o diagnóstico em outros países, o que caracteriza o chamado "caso importado".
Desde segunda-feira, 27, porém, começaram a surgir registros de infecções em moradores de outros países que não viajaram ao país asiático. O primeiro caso do tipo foi o de um alemão diagnosticado com o vírus. Ele mora em Starnberg, na região da Baviera, e não esteve na China.
O segundo caso ocorreu no Japão, onde um motorista de ônibus turístico foi diagnostico com a doença. Segundo o ministério da Saúde japonês, ele teve contato com um grupo de visitantes vindos de Wuhan entre os dias 8 e 16 de janeiro. O motorista, de 60 anos, começou a manifestar sintomas da doença no dia 14 de janeiro e foi hospitalizado 11 dias depois.
O Vietnã também notificou um caso de coronavírus em paciente que não esteve na China. Os três registros indicam que o novo coronavírus tem capacidade para provocar uma transmissão sustentada também fora do território chinês, o que aumenta o risco de um surto global.
De acordo com o último boletim do governo da China, o novo vírus já infectou mais de 4,5 mil pessoas, das quais 106 morreram. Além da China, 14 países registraram casos da doença: Austrália, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Malásia, Coréia do Sul, França, Vietnã, Camboja, Canadá, Alemanha, Nepal, Tailândia e Sri Lanka.
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