A Casa de Custódia Professor José Ribamar Leite, em Teresina, ultrapassou o triplo de sua capacidade. De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça do Piauí (Sejus), a unidade prisional abriga, nesta terça-feira (27), 1.017 detentos, enquanto sua capacidade é para apenas 336 presos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Casa de Custódia de Teresina.
Em maio deste ano, após uma inspeção, o Conselho Nacional de Justiça considerou como péssimas as condições do estabelecimento penal. "Superlotação e presos alegando excesso de prazo de prisão, sem julgamento, além do recolhimento de apenados do regime fechado", dizia o relatório.
O documento informou ainda que comunicou a Sejus sobre a necessidade de cumprimento da decisão de transferência dos presos sentenciados para a Penitenciária Irmão Guido, abrindo espaço para os provisórios. Dos 1.005 detentos registrados no período da inspeção, 774 eram presos provisórios e 231 eram presos em cumprimento de pena no regime fechado.
Objetos ilegais
Além da superlotação, a Casa de Custódia registrou um grande número de objetos ilegais em poder dos presos. Durante um ano de vistorias na unidade, foram apreendidos 1,2 kg de maconha, 500g de crack e cocaína. Também foram encontrados 162 celulares, baterias e pilhas.
- Foto: Divulgação/SejusForam encontrados 162 celulares, baterias e pilhas durante um ano de vistorias na Casa de Custódia.
Esse material foi incinerado hoje (27) durante a implantação do projeto Nortear, iniciativa que visa à melhoria da saúde de pessoas privadas de liberdade, que estão em processo de abstinência de substância psicoativas.
- Foto: Divulgação/Sejus1,2 kg de maconha, 500g de crack e cocaína que foram incinerados durante implantação do projeto Nortear.
Outras unidades prisionais, como a Colônia Agrícola Penal Major César Oliveira, localizada na BR 343, KM 26, no município de Altos, a 40 km de Teresina, também registram um grande número de objetos ilegais. Nesta segunda-feira (26), por exemplo, foram apreendidos dezenas de aparelhos celulares, armas brancas e drogas.
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