A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) anunciou nesta terça-feira, 4, o bloqueio de mais 2.724 bolsas de mestrado e doutorado no País. O órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), diz que o congelamento é necessário em função do contingenciamento de R$ 7,4 bilhões do orçamento da pasta.
O bloqueio não afeta quem atualmente recebe o benefício. Serão congeladas bolsas que estavam previstas para os programas de pós-graduação para 2019 - a maioria dela estava com processo seletivo em andamento para preenchê-las.
No mês passado, a Capes já havia anunciado o corte de 3.500 bolsas. Com o novo anúncio, já são 6.198 bolsas de pesquisa a menos em 2019. À época do primeiro bloqueio, Anderson Ribeiro Correa, presidente da Capes, anunciou que poderia ampliar o contingenciamento.
O corte nas bolsas de pesquisa foi o estopim para os protestos de estudantes, educadores e cientistas em todo o País. O bloqueio dos auxílios foi comunicado no dia 8 de maio e a primeira manifestação ocorreu no dia 15.
O órgão diz que, nessa segunda etapa, serão bloqueadas as bolsas de cursos que foram avaliados consecutivamente com nota 3 ou que tiveram redução de nota 4 para 3. "O critério foi estabelecido com o propósito de alinhar a concessão de bolsas no País à avaliação periódica da CAPES, preservando os cursos mais bem avaliados nos últimos 10 anos", diz em nota.
Foram congeladas 2.331 bolsas de mestrado, 335 de doutorado e 58 de pós-doutorado, totalizando 2.724 bolsas.
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