O ex-deputado federal Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza foi preso em São Paulo durante a 43ª e a 44ª fase da Operação Lava Jato, deflagradas nesta sexta-feira (18). Líder dos governos Lula e Dilma na Câmara entre 2010 e março de 2012, Vaccarezza foi alvo de prisão temporária.
De acordo com informações do G1, no total, estão sendo cumpridas 46 ordens judiciais distribuídas em 29 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e 6 mandados de prisão temporária, incluindo o de Vaccarezza, em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro.
- Foto: Beto Barata/Estadão ConteúdoCândido Vaccarezza
Em São Paulo acontece a Operação Abate, cujo alvo é um grupo criminosos que era apadrinhado pelo ex-deputado federal com influência para obter contratos da Petrobras com empresa estrangeira. Nesta relação criminosa, recursos foram direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar.
Segundo informações do Ministério Público Federal, no Paraná, Vaccarezza, usou a ‘influência decorrente do cargo’ em favor da contratação da empresa norte-americana Sargeant Marine pela Petrobrás, o que culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões. A empresa fazia fornecimento de asfalto para a estatal e foi citada na delação do ex-diretor de Abastecimento da companhia Paulo Roberto Costa.
“Entre as provas que corroboraram o relato do colaborador estão, por exemplo, documentos que comprovam o pagamento de propinas mediante transferências bancárias no exterior, anotações de agendas e arquivos apreendidos em fases anteriores da Operação Lava Jato que descrevem a divisão de comissões resultantes do negócio dentre operadores, funcionários da Petrobrás e políticos”, afirma a força-tarefa.
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