Um dia após escalar um humorista para responder perguntas da imprensa, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar meios de comunicação. Em sua transmissão de vídeo semanal no Facebook, Bolsonaro disse estar “há quase duas semanas sem falar com a imprensa” por ser vítima de jornalistas que, segundo ele, alteram seus depoimentos. “Quando você fala com a imprensa, deturpam; quando você não fala, inventam”, reclamou.
Na live, Bolsonaro convidou seus seguidores a assistirem sua participação no quadro do humorista que satirizou jornalistas na quarta-feira em um programa da RecordTV e agradeceu à rede de rádio Jovem Pan por também transmitir a live presidencial em sua página do Facebook, mas intensificou as críticas à imprensa, ironizando ataques recentes a jornalistas e com menções diretas à Folha de S.Paulo.
“Enquanto a imprensa não começar a divulgar a verdade, não falo mais”, avisou, reafirmando que não dar entrevistas é “um direito”. O presidente também disse que, ao longo do primeiro ano de mandato, falou com a imprensa “mais do que Lula, Dilma e Temer em 16 anos”, mas que jornalistas ficam “buscando números distorcidos para dizer que o governo não vai bem”.
Acordo com Congresso
O presidente também manteve o discurso que não teve que negociar com o Congresso Nacional para que conseguisse aprovar a manutenção de seus vetos ao orçamento impositivo, o que ocorreu nesta quarta-feira. “Não houve negociação para pagamento de R$ 15 bilhões em emendas”, afirmou. O presidente falou que, se houver dinheiro sobrando no caso de uma arrecadação maior do que prevista inicialmente, vai discutir a destinação do dinheiro com o Parlamento.
Ver todos os comentários | 0 |