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Teresina - Piauí

Auditoria constata subutilização do Hospital Universitário da UFPI

A vistoria realizada pelo Denasus aconteceu após o Ministério Público Federal ingressar na Justiça Federal com uma ação civil pública.

Uma nova vistoria realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único  de Saúde (Denasus), após determinação judicial, constatou que o Hospital Universitário do Piauí está subutilizado, ou seja, está atendendo bem menos que a sua capacidade e não está cumprindo as metas estabelecidas para atendimentos relacionados ao SUS.

A vistoria realizada pelo Denasus aconteceu após o Ministério Público Federal ingressar na Justiça Federal com uma ação civil pública em 2015 contra o Hospital Universitário do Piauí, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e a Fundação Municipal de Saúde do Município de Teresina, bem como seus representantes legais, com o objetivo de melhorar o atendimento à população e a adequada prestação de serviços de saúde no hospital, depois que foi constatado por auditores do Denasus naquela época a sua subutilização.


Em uma nova vistoria, realizada entre abril e maio deste ano, o Denasus constatou que o número de exames ofertados pelo HU continua inferior ao número de exames estabelecidos na Ficha de Programação Orçamentária (FPO), nas consultas e exames o número de pacientes atendidos continua sendo inferior ao número de pacientes agendados pelo Gestor do SUS, continua sem contar com Agência Transfusional e com percentual muito baixo de ocupação de leitos de retaguarda e que a direção do Hospital Universitário continua descumprindo as metas estipuladas no Contrato de Gestão com a Secretaria Municipal de Saúde de Teresina.

  • Foto: Divulgação/UFPIHospital Universitário Hospital Universitário

“O gestor após as sucessivas advertências, compromissos assumidos extrajudicialmente, e agora mesmo após a ordem judicial de V.Exa, supra, da qual deveria esgotar a oferta de vagas do HU, antes de enviar para iniciativa privada, insiste na desobediência! Não se diga que tal conduta se dar por razões alheias à vontade do autor, o que a torna mais reprovável”, afirmou o procurador Kelston Lages no processo do dia 17 de novembro.

O procurador destacou ainda que “a gestão do HUPI ao faltar com a verdade dos fatos, tenta passar um realidade que não existe naquele nosocômio ,incidindo em grave violação aos princípios informadores da administração pública, segundo revelação da auditoria in loco que atestou o não cumprimento de serviços ditos como realizados, nesse ponto, chama atenção o serviço de eletrocardiograma(ECG), parado há 6 (seis) meses por falta de papel para emissão de laudos, pasmem!”.

 O Ministério Público Federal solicitou à Justiça que seja reapreciado o pedido de tutela inicial diante dos elementos novos trazidos pela recente auditoria, com fixação de prazo, multa pessoal e diária por descumprimento. Também quer a fixação de multa pessoal e diária do respectivo gestor do SUS em Teresina para que cumpram imediatamente a ordem judicial, esgotar a oferta de vagas no HU, antes de enviar pacientes para outros hospitais. Que seja fixado o prazo de 60 dias para que o gestor do HU, e o gestor Secretaria de Saúde do Município de Teresina cumpram todas as recomendações dos auditores federais do Denasus apontados pelo relatório de auditoria nº 16429 e que o juízo determine uma nova auditoria no HU, para verificar o cumprimento da decisão.

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