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Castelo do Piauí - Piauí

Adão é condenado a mais de 100 anos de prisão por estupro em Castelo do PI

A decisão foi proferida na madrugada desta quarta-feira (28), pelo juiz de direito Leonardo Brasileiro.

Adão José Silva Sousa, acusado de ser o mentor do estupro de quatro adolescentes em Castelo do Piauí no ano de 2015, foi condenado na madrugada desta quarta-feira (28), por volta das 03h30, pelo Tribunal Popular do Júri, a 100 anos e 8 meses de reclusão. Adão José foi denunciado pelos crimes de porte ilegal de arma, estupro, homicídio e corrupção de menores.

O julgamento começou às 9h30 dessa terça (27) no fórum de Castelo do Piauí e foi conduzido pelo juiz de direito Leonardo Brasileiro. O promotor Cesário Cavalcante foi o responsável pela acusação e a Defensoria Pública cuidou da defesa de Adão e alegou que o mesmo não estava na cidade no dia do crime, por esse motivo era inocente.


  • Foto: Lucas Dias/GP1AdãoAdão

Cinco mulheres e dois homens fizeram parte do júri. As três vítimas que sobreviveram ao ataque prestaram seus depoimentos, bem como o réu. Um forte esquema de segurança foi montado para garantir que não houvesse contratempos. A sessão não foi aberta ao público e nem à imprensa.

Segundo o major Etevaldo, comandante da Polícia Militar de Campo Maior, o julgamento foi tranquilo e superou as expectativas. “Tudo foi tranquilo. Não houve nada de anormal na cidade. Houve manifestação somente na chegada dele no fórum de Castelo do Piauí. Quando terminou o júri ele retornou para a Casa de Detenção de Altos”, explicou.

A pena deverá ser cumprida em regime fechado. O Juiz Leonardo Brasileiro ainda determinou que ele deverá permanecer preso até o trânsito em julgado da sentença.

Relembre o caso

Perto de completar três anos, a tragédia de Castelo do Piauí chocou o país e foi um caso que gerou bastante discussão na sociedade. No dia 27 de maio de 2015, quatro adolescentes estavam nas proximidades do morro do Garrote, para tirar fotos para um trabalho da escola. Adão José Silva Sousa e mais quatro menores amarraram, espancaram, estupraram as garotas e as jogaram de uma altura de mais de 10 metros.

Adão foi preso e os adolescentes apreendidos. As vítimas foram internadas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas uma delas, Danielly, de 17 anos, não resistiu e faleceu no dia 07 de junho. Os garotos foram condenados a três anos de internação no CEM (Centro Educacional Masculino), pena máxima estabelecida pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Um deles, Gleisom Vieira da Silva, foi morto pelos companheiros dentro do CEM, no dia 17 de julho do mesmo ano.

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