O delegado Tales Gomes, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), e o delegado Daniel Pires concederam entrevista coletiva nesta segunda-feira (06), por meio de transmissão pelo Instagram, onde falaram sobre a prisões de seis homens acusados de assaltos a bancos nos estados do Piauí e Maranhão, incluindo a de um acusado de cometer pelo menos seis estupros, sendo quatro no Piauí.
As investigações tiveram início após os crimes de estupros em série na cidade de Teresina, onde o acusado foi identificado como Edvan Lima. Em Teresina, um dos crimes foi cometido no bairro Redenção e outro no bairro Esplanada, quando uma mãe e uma filha foram estupradas. Também foi identificado um estupro na cidade de Pio IX. Os crimes podem aumentar, já que podem aparecer mais vítimas.
- Foto: DivulgaçãoEdvan Lima
Os policiais conseguiram identificar ainda que o acusado é suspeito de outro crime de estupro em Araguaiana, no Tocantins, e outro em Santa Inês, no Maranhão. A polícia acredita que devem ter mais vítimas. “Ele ficou 72h na nossa cidade e praticou 3 atos, uma na semana passada, na quinta-feira, e outro no domingo contra uma mãe e uma filha na residência delas”, afirmou o delegado Daniell Pires.
- Foto: Lucas Dias/GP1Daniell Pires
O suspeito veio para a cidade de Teresina para integrar uma organização criminosa com o objetivo de estourar bancos. “Ele fazia parte de uma organização criminosa de estouro, ele é um explosivista, ele é quem monta a emulsão de acordo com o que vai explodir. A quadrilha estava só esperando ele chegar, para poder ver onde iria explodir os caixas eletrônicos aqui no Piauí”, explicou o delegado Tales Gomes.
Com os estupros, a polícia conseguiu descobrir onde o acusado estava e ainda conseguiu identificar que ele estava participando de uma organização criminosa com o objetivo de explodir caixas eletrônicos, assim a quadrilha foi desarticulada. A prisão ocorreu no bairro Catarina, na zona sul, no domingo (5).
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Coordenador do GRECO, delegado Tales Gomes
Como o suspeito agia
Daniell Pires disse que o acusado confessou que tinha um tipo específico de mulher e que também ajudava na sua escolha se o muro da residência das vítimas fosse baixo, para ele poder pular. Em todos os crimes ele agia da mesma forma, foi assim que os policiais conseguiram identificar o criminoso.
“Foram feitas pesquisas de estupro em outros estados, e encontramos um Boletim de Ocorrência de Araguaiana, no Tocantins, onde a vítima narrou da mesma forma da vítima daqui. Ele entra na casa, ele amarra e pratica o ato libidinoso, com a conjunção carnal. Outra coisa que chamou atenção é que ele vendada as vítimas, além de filmar os seus atos. As vítimas disseram que no ato, ele não era violento e tentava passar para elas que eles tinham uma certa intimidade”, afirmou o delegado.
No final da ação Edvan Lima ainda roubava as vítimas e os produtos dos roubos foram encontrados na residência onde o criminoso estava com os demais membros da quadrilha de assaltantes.
“Temos várias provas, da vítima do bairro Redenção ele roubou uma televisão e um celular. No caso do celular foi encontrado com outra pessoa que não tem nada a ver, mas a televisão estava com ele na casa da organização criminosa e o objeto foi reconhecido pela vítima. No caso das vítimas do bairro Esplanada, a mãe e a filha, foram encontrados vários documentos delas, além dos celulares. Os panos que ele usou para amarrar elas também estavam no local e nos crimes ele usava a mesma camisa. Ele foi reconhecido, então temos as provas”, afirmou Tales Gomes.
A organização criminosa
As ações de Edvan fizeram o Greco descobrir sobre a organização criminosa e com eles foram aprendidos explosivos, um revólver com cinco munições intactas e um simulacro de arma de fogo do tipo pistola, bem como aproximadamente R$ 140 mil em dinheiro que estava marcado com tinta de segurança de caixas eletrônicos.
- Foto: Divulgação/PC-PIObjetos apreendidos com a organização criminosa
Os presos foram identificados pelas iniciais J.P.S.C - Cuiabá/MT; L.A.L.S - Paraupebas/ PA; L.P.O - Buriticupu/MA; J.B.L - Rio Preto/SP; E.L.S - Petrolina/PE e P.L.S.C - Morada Nova/CE.
Agora a polícia vai realizar o trabalho de investigação para saber onde eles pretendiam atuar e descobrir quem mais pode fazer parte do grupo criminoso. O delegado Daniell Pires explicou que o trabalho da polícia não parou. “Nós continuamos trabalhando, os delegados tiveram as férias suspensas nos meses de abril e maio, então continuamos trabalhando e fazendo o trabalho de investigação, a população pode ter a certeza disso”, destacou.
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