A Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou, nesta terça-feira (30), que não reconhece o resultado das eleições na Venezuela. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, responsável pelo processo eleitoral, anunciou nesse domingo (28) que o ditador Nicolás Maduro foi o vencedor.
Conforme relatório elaborado por observadores da OEA, há indícios de que o governo distorceu o resultado. No documento, também é apontado “vícios, ilegalidades e más práticas” registradas durante o processo eleitoral.
Um dos principais sinais de vícios foi a demora para a divulgação dos resultados, e mesmo após o anúncio de que Maduro ganhou, não foram apresentados os dados que atestassem a vitória do sucessor de Hugo Chávez.
Nesse caso, é exposto que o órgão responsável pela organização do pleito é tendencioso. O CNE é formado por maioria chavistas, e liderado por um aliado de Maduro. “Ao longo de todo este processo eleitoral assistimos à aplicação por parte do regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição das mais aberrantes manipulações”, diz trecho do relatório.
Reunião de emergência
Nove países da América Latina, entre eles Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, pediram uma reunião de emergência da OEA para discutir o resultado das eleições venezuelanas.
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