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Nos EUA, empresário confessa pagamentos de propina a executivos da Petrobras

Com os pagamentos, os irmãos Oztemel garantiam contratos da estatal com empresa norte-americana.

O empresário norte-americano Gary Oztemel assinou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos nessa segunda-feira (24), ocasião em que confessou sua participação em um esquema de pagamento de propina a executivos da Petrobras. Conforme a confissão, Gary Oztemel disse ter ajudado o irmão, Glenn Oztemel, a subornar alguns executivos da petrolífera para garantir contratos da estatal brasileira com uma empresa norte-americana.

O empresário reconheceu a violação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior, ao tempo em que foram retiradas três acusações na Justiça de Connecticut, nos EUA. Ainda no acordo, ele afirmou que chegou a transferir mais de US$ 10 mil em pagamentos considerados como bonificações por serviços de consultoria.


Segundo investigação desencadeada em fevereiro pelo Departamento de Justiça dos EUA, o esquema os irmãos Oztemel perdurou de 2010 a 2018, ocasião em que os pagamentos favoreceram contratos com pelo menos duas empresas norte-americanas.

Até o momento, a petrolífera brasileira não se manifestou sobre a denúncia envolvendo o pagamento de propinas a seus executivos.

Outras irregularidades

O Departamento de Justiça dos EUA constatou outras ações ilícitas ligadas à Petrobras. Em junho, um recurso da estatal foi rejeitado em um processo por fraude e tentativa de ocultação de corrupção investigada no âmbito da Operação Lava Jato.

O fundo EIG Management foi um dos investidores da petrolífera que saiu no prejuízo com a exposição dos casos de corrupção. No caso do fundo, o investimento ultrapassou os US$ 21 milhões.

No mês de maio, a empresa de commodities suíça Trafigura se declarou culpada em um dos casos de corrupção envolvendo a Petrobras, e realizou o pagamento de US$ 127 milhões em acordo judicial. Ao contrário da Justiça norte-americana, a brasileira tem tomado outra direção sobre a Lava Jato, ocasião em que favoreceu investigados pela operação em pelo menos oito decisões proferidas neste ano.

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