Nesta quinta-feira (19), entregadores de sete centros de distribuição da Amazon nos Estados Unidos entraram em greve com o objetivo de pressionar a varejista a negociar contratos com o sindicato International Brotherhood of Teamsters.
Nos centros de distribuições, a Amazon contrata diversas empresas terceirizadas para realizar as entregas e com isso argumenta que não tem obrigação de negociar com a categoria, visto que não são funcionários da empresa. Contudo, o sindicato alega que a varejista controla as condições de trabalho, a partir disto, é obrigada a negocias com os trabalhadores. O Teamsters abordou cada firma individualmente a fim de conseguir assinaturas para sua filiação ao grupo, no entanto, a maioria dos proprietários ainda não assinaram o documento.
O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas reconheceu, a partir de investigações, os motoristas como funcionários da Amazon, resultando na acusação de violação da lei ao recusar a negociação. O sindicato havia estabelecido o prazo de 15 de dezembro para que a empresa começasse a negociar com os trabalhadores, contudo, a Amazon descumpriu o prazo, o que resultou na greve dos entregadores. “Se o seu pacote atrasar durante as festas de fim de ano, culpe a insaciável ganancia da Amazon” disse o presidente da Teamsters, Sean O’Brien.
Um porta-voz da Amazon disse que o sindicato "intencionalmente enganou o público" e "ameaçou, intimidou e tentou coagir" funcionários e motoristas terceirizados a se juntarem à greve. A Amazon enfrenta desafios legais nos EUA, apresentando objeções ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) sobre a votação para sindicalização de 2022 em Staten Island, alegando parcialidade entre os funcionários da agência.
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