O Escritório Nacional de Estatísticas da China divulgou um dado alarmante sobre a situação econômica no país, na última sexta-feira (16). Atualmente, cerca de 20 milhões de jovens, entre 16 a 24 anos, estão desempregados.
De acordo com o Escritório, a taxa de desemprego para esse público chegou a pouco mais de 15% em março e já no mês de julho, o número alcançou uma nova máxima: 20%. “Esta é, certamente, a pior crise de emprego para os jovens da China em mais de quatro décadas”, afirmou Willy Lam, membro sênior da Fundação Jamestown, nos EUA, em entrevista à CNN.
No país liderado pelo Partido Comunista (PCC), o desemprego se tornou um grande desafio. Essa crise na empregabilidade é mais visível no setor de tecnologia, que vem sofrendo com a repressão regulatória do governo e sanções de longo alcance dos EUA contra a China.
Alibabá, gigante do comércio eletrônico, recentemente registrou um crescimento de receita estável pela primeira vez em oito anos. Em 2022, o grupo cortou 13 mil postos de trabalho. A Tencent, maior empresa de games do mundo, demitiu 5,5 mil funcionários até junho deste ano. Um recorde para a companhia.
“A crise de empregos no setor de tecnologia, área que o líder chinês Xi Jinping proclamou que impulsionaria a próxima fase do desenvolvimento da China, pode minar suas ambições de transformar o país em uma superpotência tecnológica global nas próximas décadas”, avaliou Craig Singleton, membro da Fundação para Defesa das Democracias, com sede nos EUA.
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