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Irã nega envolvimento em ataque a Salman Rushdie

Esta foi a primeira declaração oficial de Teerã a respeito do ataque contra o escritor britânico.

O Irã negou nesta segunda-feira, 15, “categoricamente” qualquer ligação com o agressor que esfaqueou o escritor britânico Salman Rushdie. Esta foi a primeira declaração oficial do país sobre o ataque.

“Negamos categoricamente” qualquer relação entre o agressor e o Irã, e “ninguém tem o direito de acusar a República Islâmica”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanani, dois dias após o ataque a Rushdie.


Kanaani acrescentou que o Irã “não tinha nenhuma outra informação além do que a imprensa americana informou.’’

O ataque

Rushdie, de 75 anos, foi esfaqueado na sexta-feira, 12, enquanto participava de um evento no oeste de Nova York. Ele sofreu danos no fígado e nervos em um braço. Além de correr risco de perder o olho ferido. Nesse domingo, 14, o escritor apresentou melhoras, conforme informações do agente literário Andrew Wylie.

Seu agressor, Hadi Matar, de 24 anos, se declarou inocente das acusações do ataque por intermédio de seu advogado.

O premiado autor enfrenta, há mais de 30 anos, ameaças de morte por conta da obra “Os Versos Satânicos”. Era o regime de Khomenei e suas palavras foram consideradas uma blasfêmia.

Após o ataque, a venda do romance “Os Versos Satânicos” disparou. Na livraria Strand de Nova York, diversas obras de Rushdie estavam entre as mais procuradas pelo público, segundo informações da agência de notícias AFP.

O falecido líder supremo do Irã, aiatolá Ruhollah Khomeini emitiu uma fatwa, ou édito islâmico, exigindo sua morte. Um iraniano havia colocado uma recompensa de mais de US$ 3 milhões em troca da morte do autor.

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