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China confina 600 mil pessoas ao redor da maior fábrica de iPhones do mundo

Dezenas de trabalhadores fugiram por medo das restrições em razão de um surto de covid no local.

As autoridades chinesas impuseram nesta quarta-feira, 2, um confinamento a cerca de 600 mil pessoas na área em torno da maior fábrica de iPhones do mundo. Dezenas de trabalhadores fugiram por medo das restrições em razão de um surto de covid no local.

A Zona Econômica do Aeroporto de Zhengzhou (Província Henan), no centro da China, onde está localizada a fábrica da gigante de tecnologia taiwanesa Foxconn, iniciou hoje sete dias de confinamento, segundo um comunicado oficial.


A fábrica, que emprega mais de 200 mil pessoas, está fechada desde meados de outubro, após um surto de covid. O local fica cerca de 600 km a sudoeste de Pequim. Segundo a Foxconn, a fábrica opera em “circuito fechado”.

Na semana passada, surgiram imagens nas redes sociais chinesas de trabalhadores fugindo da fábrica, alguns pulando uma cerca e voltando para casa a pé depois de percorrer longas distâncias.

Para manter os funcionários, a Foxconn anunciou na terça-feira que os funcionários receberão um bônus diário de 400 yuans (US$ 55) por se apresentarem ao trabalho, quatro vezes o valor do bônus anterior.

A Foxconn admitiu que enfrenta uma “longa batalha” contra a covid, mas não especificou o número de funcionários que testaram positivo ou que estão confinados na sua fábrica de Zhengzhou.

Para não ser mais tão dependente da China, a Apple anunciou em setembro que terceirizaram parte de sua produção para a Índia, onde cerca de 3% dos iPhones já são fabricados.

Com o confinamento na região, os mais de 600 mil habitantes “não poderão sair de casa” exceto por razões imperativas, como a realização de testes de covid e tratamento médico de emergência. As autoridades também indicaram que apenas veículos médicos ou que transportem bens essenciais serão autorizados a transitar. E alertaram que seriam “intransigentes com qualquer tipo de violação”.

A China é a última grande economia do mundo a manter uma estratégia de covid zero, que consiste em eliminar a circulação do vírus por meio de confinamentos, testes em massa e longas quarentenas. Nesta quarta, a China registrou mais de 2.000 novas infecções pelo terceiro dia consecutivo, levando a novas restrições.

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