Várias explosões atingiram Kiev na manhã desta segunda-feira, 17. A capital ucraniana ainda vivia o trauma do forte ataque russo há uma semana, quando amanheceu sob o som de sirenes de alerta contra ataques aéreos.
As explosões ocorreram por volta de 6h35 e 6h54 (hora local). Os bombardeios, que voltaram a atingir Kiev desde o dia 10, são uma retaliação do presidente Vladimir Putin pela destruição de uma ponte na Crimeia, estratégica para a Rússia por ser usada para reabastecer as tropas na guerra.
Segundo Anton Gerashchenko, assessor do ministro do Interior da Ucrânia, a Rússia teria usado drones explosivos fornecidos pelo Irã. Ainda de acordo com Gerashchenko, a sede da empresa nacional de energia foi atingida, entre outros alvos. Não há ainda informações sobre vítimas.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que uma das explosões aconteceu no distrito central de Shevchenko. “Todos os serviços estão a caminho do local. Detalhes depois. O alerta aéreo continua. Fique protegido”, postou Klitschko nas redes sociais.
O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, também confirmou as explosões, descrevendo o incidente como “ataques de drones kamikaze”.
“Os russos acham que isso os ajudará, mas essas ações mostram seu desespero”, disse o funcionário nas redes sociais.
Retaliação
Em 10 de outubro, mísseis russos caíram sobre Kiev e outras cidades ucranianas na maior onda de ataques em meses, matando pelo menos 19 pessoas e ferindo 105.
Moscou realizou mais ataques em 11 de outubro, em menor escala, atingindo instalações de energia no oeste da Ucrânia.
O presidente russo disse que os ataques foram uma retaliação à explosão que danificou a ponte estratégica que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada por Moscou.
Na sexta-feira, Putin expressou satisfação, dizendo que “por enquanto” não havia necessidade de realizar mais ataques em larga escala contra a Ucrânia.
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