Pelo menos cinco pessoas morreram, entre elas um policial que estava de folga, em um tiroteio em massa ocorrido em Raleigh, capital da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. De acordo com as autoridades locais, o principal suspeito vestia roupa de camuflagem e portava uma espingarda de cano duplo. Ele abriu fogo ao longo de uma trilha de caminhada em uma área residencial a nordeste do centro da cidade nesta quinta-feira, 13. Outras duas pessoas ficaram feridas.
O homem foi detido horas após a ação criminosa. O nome e a idade dele não foram divulgados até o momento. Viaturas da polícia e uma ambulância chegaram às 17h30 (horário local) onde houve o tiroteio. As equipes invadiram a área, fechando estradas e alertando os moradores para ficarem dentro de casa enquanto procuravam o atirador. Do recebimento do alerta até conseguir prender o suspeito, os agentes demoraram cerca de três horas, quando o localizaram e o encurralaram em uma residência.
Duas pessoas, incluindo outro policial, foram levadas para hospitais. O oficial foi liberado mais tarde, mas o outro sobrevivente permaneceu em estado crítico. O governador da Carolina do Norte, o democrata Roy Cooper, disse no Twitter que conversou com a prefeita de Raleigh, Mary Ann Baldwin, e ordenou que as autoridades estaduais auxiliassem na investigação. Por sua parte, Baldwin declarou que esta quinta-feira é um dia “triste e trágico” para a cidade de Raleigh e pediu o fim da violência “sem sentido” nos EUA.
Brooke Medina, que mora no bairro que faz fronteira com a área verde onde ocorreu o ataque, estava voltando para casa, por volta das 17h15, quando viu cerca de duas dúzias de carros de polícia, ambos marcados e não marcados, correndo em direção à área residencial, a cerca de 14 quilômetros do centro de Raleigh. Ela também viu ambulâncias indo na outra direção, rumo ao hospital mais próximo. Ela e o marido, que trabalhava em casa com seus quatro filhos, começaram a procurar os vizinhos e perceberam que havia uma ordem de abrigo no local. A família fechou todas as janelas, trancou as portas e se reuniu em um corredor no andar de cima, disse Medina.
Allison Greenawalt, de 29 anos, que também mora no bairro, disse que estava sentada no sofá com seu gato, por volta das 17h, quando ouviu “três tiros em uma sucessão bem rápida”. Seu marido, enquanto isso, tentou voltar para casa do trabalho após o tiroteio e foi impedido pela polícia, que havia fechado as ruas próximas. Ele só conseguiu chegar em casa por volta das 22h30, disse ela. “Eu estava sentada em nossa casa com as luzes apagadas e as janelas fechadas a maior parte da noite, apenas esperando para saber se o atirador havia sido preso”, acrescentou.
O tiroteio em Raleigh ocorre em uma semana marcada por violência em todo o país. No domingo passado, cinco pessoas morreram em um tiroteio em uma casa em Inman, no estado de Kansas. Na noite de quarta-feira, dois policiais foram mortos a tiros em Connecticut, depois de aparentemente terem sido atraídos para uma emboscada por uma ligação de emergência sobre uma possível violência doméstica.
Outros policiais foram baleados esta semana em Greenville, Mississippi; Decatur, Illinois; Filadélfia, Las Vegas e Flórida central. Dois desses oficiais, um em Greenville e um em Las Vegas, foram mortos. A violência de quinta-feira foi o 25º assassinato em massa em 2022 em que as vítimas foram mortas a tiros, de acordo com o banco de dados ‘Mass Killings’, da Northeastern University. Um assassinato em massa é definido quando quatro ou mais pessoas são mortas, excluindo o autor.
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