Israel convocará seus cidadãos com mais de 60 anos para receber uma terceira dose da vacina contra a covid-19, anunciou nesta quinta-feira, 29, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, o que fará do Estado hebreu um dos primeiros países a aplicar a medida.
Diante do aumento de infecções nas últimas semanas devido à disseminação da variante Delta, Israel lança uma "campanha de vacinação complementar" a partir de domingo, 1, para pessoas com mais de 60 anos que foram vacinadas há mais de seis meses, declarou Bennett.
“Peço a todas as pessoas mais velhas já vacinadas que aceitem esta dose suplementar. Protejam-se”, pediu o primeiro-ministro.
O presidente Isaac Herzog, de 60 anos, receberá sua terceira dose da vacina na sexta-feira, informou Bennett.
"Poucos dias após a terceira dose, terão mais defesas imunológicas", disse Bennett. “As vacinas protegem contra a mortalidade, como acontece com a vacina contra a gripe, que deve ser tomada de novo de tempos em tempos”.
"Salvar vidas"
"Esta terceira dose pode salvar vidas", acrescentou o ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, após os comentários do primeiro-ministro.
Mais de duas mil pessoas imunossuprimidas já receberam a terceira dose da vacina em Israel, disse Bennet, afirmando que "a decisão foi tomada após análises e estudos científicos sérios".
De acordo com a gigante farmacêutica Pfizer, que produz a vacina aplicada majoritariamente em Israel, "novos estudos mostram que uma terceira dose tem efeitos neutralizantes contra a variante Delta cinco vezes maior em jovens e mais de onze vezes em idosos".
Cerca de 55% da população israelense já está totalmente imunizada graças a uma rápida campanha que começou no final de dezembro. A Pfizer entregou milhões de doses ao país, de 9,3 milhões de habitantes, em troca de dados sobre os efeitos da vacinação.
No início de junho, as autoridades estenderam a vacinação aos jovens entre 12 e 16 anos e, a partir de 1º de agosto, às crianças entre 5 e 11 anos que correm risco de complicações graves.
Israelenses em estado grave
O Estado hebreu registrou mais de 1.400 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, enquanto em meados de junho havia apenas 100, de acordo com o Ministério da Saúde.
Atualmente, são 15 mil casos ativos e 151 pessoas hospitalizadas em estado grave devido ao vírus, informaram as autoridades sanitárias.
As autoridades israelenses restabeleceram na quinta-feira o passaporte de vacinação - disponível para pessoas vacinadas ou com teste negativo recente - para o acesso a locais com mais de 100 pessoas, tanto em espaços fechados quanto abertos.
“Nosso objetivo é manter o país aberto, mas para isso temos que vencer a pandemia e só uma rápida campanha de vacinação nos trará essa vitória”, defendeu Bennet.
Israel tenta evitar um novo confinamento obrigatório para toda a população.
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