O Facebook anunciou nesta sexta-feira, 4, que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficará suspenso de suas redes sociais por pelo menos dois anos, até 7 de janeiro de 2023.
O Facebook anunciou também que não vai mais dar um sinal verde automático para postagens de políticos caso seu conteúdo vá contra as regras da plataforma.
O anúncio é uma resposta à decisão do conselho de supervisão independente da plataforma que, em 5 de maio, decidiu que o Facebook agiu corretamente ao suspender o então presidente.
O grupo, no entanto, criticou a indefinição do prazo para o veto, algo que não está previsto no código da plataforma, e havia dado um prazo de seis meses para que uma punição padrão fosse aplicada — fosse um prazo para o veto ou a suspensão permanente.
O conselho de 20 membros é composto por ex-políticos, advogados, jornalistas e ativistas, age quase como um tribunal sobre as decisões de moderação do site. O Facebook financia o grupo com um fundo de US$ 130 milhões e seus principais executivos tiveram um papel central para formá-lo, mas afirma que todas as decisões são independentes.
Até o momento, pelas regras da plataforma, assumia-se que as falas e postagens de figuras políticas tinham por si só valor noticioso, o fazia com que fossem mantidas automaticamente mantidas no ar. Isso valia independentemente de seu potencial danoso, com a exceção de casos extremos determinados por critérios pouco transparentes.
A partir de agora, a empresa não vai mais assumir que o discurso dos políticos é necessariamente de interesse público, submentendo as autoridades às regras aplicadas a todos os usuários. O código de conduta proíbe assédio, discriminação e discurso de ódio, por exemplo.
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