A polícia de segurança nacional de Hong Kong invadiu na última quinta-feira (17) o prédio da editora Next Digital, que produz o jornal Apple Daily. Conforme a imprensa internacional, foram mais de 500 policiais envolvidos na ação contra o jornal pró-democracia.
Foram presos o CEO e diretor executivo da Next Digital, Cheung Kim Hung; o editor chefe- Ryan Law; o diretor de operações, Chow Tat-kuen; o vice-editor-chefe, Chan Puiman; e o editor-executivo, Cheung Chi-wai. Os policiais confiscaram ainda 38 computadores e documentos que estavam no jornal.
A operação que resultou na prisão dos jornalistas foi baseada no Artigo 29 da Lei de Segurança Nacional e acusa os profissionais de “conluio com país estrangeiro ou com elementos externos para colocar em perigo a segurança nacional”.
A polícia de Hong Kong também congelou 2,3 mihlões de dólares em ativos das empresas Apple Daily Limited, Apple Daily Priting Limited e AD Internet Limited. Conforme o periódico ‘The Guardian’, a batida policial tem como objetivo “sufocar a imprensa de Hong Kong”, que pediu sanção para o governo chinês.
O chefe da segurança nacional, Steve Li Kwai-wah disse que há “evidências muito fortes de que os artigos questionáveis desempenharam um papel crucial na conspiração, que forneceu munição para países estrangeiros, instituições e organizações para impor sanções”.
Embora tenha dito que o alvo não era a imprensa, Li deixou um recado para os jornalistas para não se envolverem com os profissionais do Apple Daily. “Você não deve conspirar com esses perpetradores. Não brinque de conluio com eles, caso contrário, você pagará um preço alto. Afaste-se deles, caso contrário, tudo o que restará serão arrependimentos”, disse Li.
A lei de segurança nacional foi imposta em junho de 2020 e já resultou na prisão de mais de 100 pessoas.
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