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Ataque a ônibus oficial mata 4 e deixa 9 feridos no Afeganistão

No fim da noite de quarta, nove militares morreram em um helicóptero, possivelmente atingido por um foguete, disseram autoridades do país.

Pelo menos quatro oficiais morreram e outros nove ficaram feridos depois que uma bomba foi detonada contra um ônibus oficial em Cabul, no Afeganistão, nesta quinta-feira, 18.

O atentado acontece no dia em que o governo afegão, o Taleban e outras nações, incluindo Estados Unidos e Rússia, se reúnem em Moscou para pressionar por uma redução da violência e impulsionar o processo de paz no país asiático.


A explosão ocorreu por volta das 7h20 (23h50 de quarta, horário de Brasília) no norte da capital afegã, quando o veículo transportava os funcionários para seus empregos, disse à EFE o porta-voz da polícia local, Firdaws Faramarz.

“Quatro pessoas morreram nesta explosão, incluindo uma mulher, e outras nove ficaram feridas”, explicou o porta-voz, acrescentando que os feridos já foram hospitalizados.

O ônibus foi alugado para transportar funcionários do Ministério de Telecomunicações e Tecnologia, embora também houvesse pessoas de outros órgãos do governo no veículo, de acordo com Abdul Samad Hamid Poya, um conselheiro do ministério. Nenhum grupo armado assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Este é o segundo ataque a um ônibus do governo afegão nesta semana em Cabul, depois que outra explosão matou cinco pessoas e feriu outras 13 na segunda-feira, 15.

Além disso, na terça, 16, um estudante e o motorista de um ônibus universitário foram mortos e seis professores ficaram feridos em um ataque ao veículo, que carregava o logotipo da escola, na província de Baghlan.

Acidente de helicóptero

O Ministério da Defesa do Afeganistão também informou nesta quinta que nove militares morreram em um acidente de helicóptero na província central de Maidan Wardak. O órgão afirmou que está investigando o caso.

Duas fontes disseram à Reuters que a aeronave foi atingida por um foguete durante a decolagem. Não ficou claro quem disparou o projétil e não houve reivindicações de responsabilidade.

Uma fonte da força aérea disse que o helicóptero estava em uma missão de abastecimento que incluía o transporte do corpo de um soldado e de militares feridos.

À EFE, um membro do Conselho Provincial da província Sharifullah Hotak garantiu que combatentes da milícia Hazara atacaram o helicóptero. "Quando o helicóptero estava pousando, homens armados do comandante Ali Poor abriram fogo contra a aeronave e a derrubaram, matando cinco membros das forças de segurança e quatro pilotos", disse Hotak.

Ataques seletivos

Esses eventos fazem parte de uma série de ataques direcionados contra civis afegãos em áreas urbanas, que ocorreram principalmente desde a assinatura do acordo histórico em Doha, no Catar, em fevereiro do ano passado, entre os Estados Unidos e o Taleban.

O contrato prevê que os americanos e os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) retirem seus militares do país, caso o movimento cumpra com uma série de compromissos estabelecidos.

Cabul sempre culpou o Taleban por esses ataques direcionados, mas o movimento militante nega, alegando que é uma estratégia das autoridades afegãs para desacreditar o grupo.

Esses ataques se intensificaram ainda mais nos últimos meses, após o início das conversações entre o governo afegão e o Taleban, em setembro, que buscam encerrar de forma pacífica quase duas décadas de guerra no Afeganistão.

A maioria das vítimas desses atentados são civis, incluindo ativistas de direitos humanos, intelectuais e jornalistas, em muitos casos mulheres.

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