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Donald Trump diz que não vai à cerimônia de posse de Joe Biden

Declaração foi publicada no Twitter dois dias depois de invasão ao Capitólio; última vez que tradição foi rompida foi há 152 anos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 8, que não pretende ir à cerimônia de posse do presidente eleito Joe Biden. Em uma mensagem no Twitter, Trump escreveu: 'Para todos que perguntaram, eu não irei à cerimônia de posse em 20 de janeiro". A ausência de um presidente que deixa o cargo na posse do que assume não acontece nos EUA há 152 anos.

Ao longo da história dos EUA, três presidentes recusaram-se a acompanhar o novo mandatário, todos no século XIX: John Adams, em 1801, John Quincy Adams, em 1829, e Andrew Johnson, em 1869. De acordo com o jornal The Washington Post, a última vez que isso ocorreu foi há 152 anos.


As cerimônias são realizadas no Capitólio, sede do Congresso dos EUA, e o único ato exigido pela carta magna é o juramento de posse, realizo ao meio-dia do horário local. Se o presidente eleito falecer entre o dia da eleição e a posse, o vice-presidente eleito fará o juramento de posse e se tornará presidente.

Tradicionalmente, o presidente-eleito compararece à Casa Branca e segue para o Capitólio, acompanhado de seu antecessor.

Após o juramento, é comum que os presidentes recém-empossados façam o discurso inaugural. Ao longo da história, foram 54 discursos proferidos por 37 presidentes nos EUA. O segundo discurso de George Washington foi considerado o mais breve, com apenas 135 palavras. Já William Henry Harrison precisou de 8.400 palavras para seu discurso de posse.

Os líderes democratas Nancy Pelosi, presidente da Câmara, e o senador Chuck Schumer pediram ao vice-presidente Mike Pence que invoque a 25.ª Emenda da Constituição, que permite a ele e ao gabinete republicano tirar Trump do cargo. O deputado republicano Adam Kinzinger também defendeu a medida.

Se Pence recusar a proposta, eles disseram estarem prontos para abrir um segundo processo de impeachment contra Trump. O primeiro foi em 2019 e acabou rejeitado pelo Senado. “Mesmo que restem apenas 13 dias, qualquer dia pode se transformar em um show de horrores para a América”, disse Pelosi.

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