O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou neste domingo, 24, que o país identificou nove casos de covid-19 ligados à variante brasileira do vírus, além de 77 da cepa sul-africana. Todos os registros, até o momento, estão relacionados a viajantes que passaram pelos dois países.
“Todos estão sendo cuidadosamente observados, e nós aprimoramos o rastreamento da rede de contatos (desses pacientes) para fazer tudo que for possível para evitar que (as variantes) continuem a se espalhar”, disse ele durante uma entrevista à rede de televisão britânica BBC.
O professor de Oxford Anthony Harnden, que lidera um comitê científico de orientação ao governo, afirmou que as novas variantes são preocupantes porque as vacinas já produzidas contra a covid-19 podem não ser efetivas contra elas. “As novas variantes são uma preocupação real. Há pistas de que ambas escapam da proteção da vacina”, explicou ele em entrevista à rede Sky News.
O Reino Unido acumula o maior número de mortes por covid-19 da Europa - são cerca de 100 mil até o momento. O governo atribuiu as altas taxas de transmissão, que o forçaram a decretar um novo lockdown, a uma variante altamente contagiosa identificada no sudeste do país.
O primeiro-ministro do país, Boris Johnson, disse na última sexta-feira, 22, que a variante inglesa pode estar relacionada ao aumento da mortalidade, apesar de os cientistas ainda estarem incertos quanto a essa questão. No último dia 14, o governo barrou a entrada de viajantes provenientes do Brasil e de outros países para evitar a chegada da nova variante.
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