A China vem intensificando o controle sanitário sobre a importação de carnes em meio à segunda onda de contaminação do novo coronavírus no continente asiático. Neste domingo, 21, o departamento de alfândegas do país (GAAC, na sigla em inglês) suspendeu a importação de frango de uma unidade da norte-americana Tyson Foods. Segundo o departamento, a medida deve-se à confirmação de casos do novo coronavírus entre os funcionários da unidade.
A suspensão de importações da Tyson vem na esteira de uma série de outras medidas mais rigorosas que o país asiático tem adotado após um novo surto de covid-19 preocupar as autoridades locais nos últimos dias. Os voos dentro e fora de Pequim foram cancelados, restrições também foram impostas para a entrada da cidade e verificações de sinais de saúde mais rígidas no transporte público.
Dentre essas medidas, na semana passada, autoridades chinesas testaram carne e frutos do mar importados em busca de traços do vírus, depois que o novo surto foi associado a um grande mercado de Pequim com produtos importados.
As autoridades de saúde pública já haviam tentado amenizar os temores sobre frutos do mar - e salmão em particular - como a fonte do novo surto.
No último dia 18, a China suspendeu as importações de uma empresa suína alemã depois que autoridades alemãs confirmaram uma infecção por novo coronavírus naquela empresa, segundo o Conselho de Estado da China.
Na unidade da Tyson Foods de Arkansas, que teve as importações suspensas, segundo a própria empresa, 481 funcionários testaram positivo para a doença - o que corresponde a cerca de 13% do quadro de colaboradores. "Na Tyson, estamos confiantes de que nossos produtos são seguros e esperamos que as consultas entre os governos dos EUA e da China resolvam esse problema", disse um porta-voz da companhia.
Apesar da política sanitária mais restritiva para importação de proteínas adotada pelo governo chinês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Administração de Alimentos e Medicamentos disseram que não há evidências de que a covid-19 seja uma doença transmitida por alimentos e que é improvável que se espalhe pelas embalagens destes produtos.
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