A campanha do presidente americano Donald Trump contestou a contagem dos votos em quatro Estados antes do resultado final ser divulgado. Os republicanos tem reclamado de falta de transparência no processo de contagem das cédulas e denunciam uma tentativa de fraude eleitoral por parte dos democratas, por meio de "votos ilegais" pelo correio. Até o momento, nenhum comprovação de fraude foi apresentada.
A equipe do presidente entrou com uma ação judicial para suspender a contagem de votos na Geórgia, onde Trump lidera a corrida eleitoral por uma margem de 0,4% dos votos, com 96% das urnas apuradas. Antes, a equipe de Trump também já havia entrado com ações questionando as apurações em Michigan, onde foi derrotado por Biden, e Pensilvânia, onde lidera a disputa com 89% das urnas apuradas.
STOP THE COUNT!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 5, 2020
Aliados de Trump têm insistido que os democratas estão tentando roubar as eleições. No site da campanha à reeleição do presidente, anúncios para arrecadação de fundos para bancar os processos judiciais utilizam explicitamente a narrativa da fraude nas eleições. "OS DEMOCRATAS VÃO TENTAR ROUBAR ESTA ELEIÇÃO! O presidente precisa da SUA AJUDA!", diz um dos anúncios.
"A campanha do presidente Trump não teve acesso significativo a vários locais de contagem para observar a abertura das cédulas e o processo de contagem, conforme garantido pela lei de Michigan", disse o gerente de campanha de Trump, Bill Stepien, em um comunicado.
"Nós entramos com uma ação hoje no Tribunal de Reivindicações de Michigan para interromper a contagem até que um acesso significativo seja concedido. Também exigimos a revisão das cédulas que foram abertas e contadas enquanto não tínhamos acesso significativo."
Outra crítica recorrente é quanto aos votos por correspondência. Neste ponto, são dois os principais questionamentos republicanos: 1 - a conferência da procedência e validade dos votos; e 2 - a consideração apenas dos votos postados até a data limite estabelecida em cada Estado.
Em declaração pública, o advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudi Giuliani, afirmou defender a contagem de todos os votos legítimos, mas questionou a contagem de votos de procedência duvidosa, em sua opinião, que estariam beneficiando os democratas: "Podem ter vindo de Marte, até onde sabemos".
A campanha do presidente informou que entrará com um pedido de recontagem de votos em Wisconsin, onde Trump foi derrotado por Joe Biden por uma curtíssima vantagem (49,4% a 48,8%).
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