O governo brasileiro confirmou que os Estados Unidos formalizaram nesta quarta-feira, 15, o apoio à entrada do País na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e integrantes do Itamaraty, uma carta com o pedido para priorizar o Brasil foi apresentada pelos americanos em reunião do Conselho da OCDE com representantes dos países-membros, nesta manhã, em Paris.
Até hoje, o governo Trump vinha se comprometendo com o apoio ao pleito brasileiro de entrar na OCDE, sem indicar formalmente em que posição o Brasil ocuparia na “fila”de candidatos, o que deixava o País no limbo. A mudança acontece depois de um ano em que o governo Bolsonaro mostrou alinhamento com os americanos, apesar de viver percalços na relação com a Casa Branca, e depois de o Itamaraty ter apoiado a ação americana no Iraque que gerou a mais recente crise entre Washington e Teerã.
Nota divulgada pela embaixada dos EUA em Brasília e por um porta-voz do Departamento de Estado americano afirma que “Os EUA querem que o Brasil seja o próximo país a começar o processo de adesão para a OCDE”. “Nossa decisão de priorizar a candidatura do Brasil agora como próximo país a começar o processo é uma evolução natural do nosso compromisso assumido pelo Secretário de Estado e pelo presidente Trump em 2019”, diz a nota dos americanos.
Na manhã desta quarta-feira, ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que a intenção dos EUA de priorizar a entrada do Brasil na OCDE "é uma notícia bem-vinda". "A gente vinha trabalhando há meses, de forma reservada", afirmou.
Bolsonaro não quis falar sobre se vinha tratando do tema diretamente com o presidente dos Estados Unidos. Ele comentou que as conversas que mantém com chefes de Estado são reservadas. O presidente destacou ainda que essa intenção dos EUA sinaliza que o mundo está recuperando a confiança no Brasil. "Estamos mostrando que o Brasil é um país viável", disse Bolsonaro.
Ele afirmou já ter conversado conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto, mas não quis falar sobre um prazo para a entrada do País no organismo. "São mais de 100 requisitos, estamos bastante adiantados, na frente da Argentina", disse. "Não posso falar de prazos, não depende apenas do (presidente dos EUA, Donald) Trump. Pelo Trump, a gente já estava lá. Depende de outros países.”
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