O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu o México que adotará medidas caso o país não intensifique sua luta contra o tráfico de drogas.
Em um memorando presidencial publicado na noite da última quinta-feira, 8, pela Casa Branca, Trump avaliou que o México deve redobrar seus esforços para deter o fluxo de "drogas letais" que entra nos Estados Unidos pela fronteira sul.
Trump pediu ao governo de Andrés Manuel López Obrador que faça mais para erradicar os plantios de papoula (matéria prima para heroína), confiscar drogas ilícitas, processar narcotraficantes e confiscar ativos.
"Precisamos ver um compromisso firme e unificado dos funcionários do governo mexicano. Sem mais progresso durante o próximo ano, avaliarei determinar que o México fracassou em cumprir com seus compromissos internacionais de controle das drogas."
A perda da certificação do combate às drogas pode levar ao fim da assistência financeira e do apoio de Washintgton nos organismos internacionais.
Por lei, o presidente dos Estados Unidos deve enviar anualmente um memorando ao secretário de Estado para previsão de gastos no qual identifica os principais países de trânsito e produção de drogas, e determina se estão cumprindo suas obrigações no combate às drogas.
Em resposta, o governo mexicano pediu "corresponsabilidade" nas causas e solução para o tráfico de drogas.
O México está comprometido com o combate ao narcotráfico "com base na colaboração bilateral e multilateral, com a corresponsabilidade nas causas e soluções para o problema", informou a chancelaria mexicana.
No memorando deste ano, Trump manteve os mesmos 22 países sem certificação: Afeganistão, Bahamas, Belize, Bolívia, Myanmar, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Laos, México, Nicarágua, Paquistão, Panamá, Peru e Venezuela.
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