O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, morreu aos 72 anos, anunciou a agência nesta segunda-feira, 22. Amano sofria de problemas de saúde, e as circunstâncias de sua morte não foram divulgadas.
O diplomata japonês dirigia há dez anos a agência atômica, responsável em particular pelo monitoramento dos compromissos do Irã sob o acordo nuclear de 2015.
"O secretariado da AIEA lamenta informar com profunda tristeza o falecimento do seu diretor-geral Yukiya Amano", anunciou em um comunicado a agência da ONU. Amano estava completando seu terceiro mandato, que terminaria em novembro de 2021, mas deveria anunciar sua saída antecipada em março de 2020 por motivos de saúde.
Na carta que ele deveria enviar aos representantes da AIEA para anunciar sua partida, o diplomata saudou os "resultados concretos" alcançados durante seu mandato "para alcançar o objetivo 'o átomo para a paz e o desenvolvimento'", e se disse "muito orgulhoso das realizações" da agência, de acordo com o comunicado da AIEA.
A agência, com sede em Viena, terá que organizar sua sucessão enquanto se vê envolvida no monitoramento do programa nuclear iraniano, num contexto de crescentes tensões entre Teerã e Washington.
Teerã começou no início de julho a abandonar certas obrigações relativas ao seu programa nuclear, em resposta à retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015. A AIEA, cujos especialistas monitoram as atividades nucleares do Irã, confirmou que o país ultrapassou vários tetos autorizados.
A nomeação do chefe da AIEA é decidida pelos 35 Estados membros do conselho de governadores da agência, incluindo os países mais avançados em tecnologia nuclear.
Ver todos os comentários | 0 |