Dois aviões russos chegaram ao Aeroporto de Maiquetía, em Caracas neste fim de semana, em meio a rumores na imprensa local sobre o desembarque na Venezuela de um alto oficial russo, 100 soldados e 35 toneladas em equipamentos. A aeronave está protegida por membros da Guarda Nacional Bolivariana no terminal desde a tarde de sábado, 23.
Segundo o diário El Nacional, dois aviões militares russos -um jato e um cargueiro- aterrizaram na tarde de sábado nesse terminal, transportando uma centena de militares liderados pelo general Vasili Tonkoshkurov, diretor de mobilização das Forças Armadas do país europeu. De acordo com o jornal , "35 toneladas de materiais" chegaram com a missão militar.
Contactadas pela AFP, nem autoridades venezuelanas nem a embaixada da Rússia em Caracas emitiram comentários.
Rússia e China, principais credores da dívida externa da Venezuela (estimada em US$ 150 bilhões), tem sido dois dos maiores aliados do governo de Nicolás Maduro em meio a uma crescente pressão internacional para que ele abandone o poder. A colaboração militar entre Caracas e Moscou fortaleceu desde o inicio do chavismo, com a compra de equipamentos e armamento militar.
Em dezembro passado, dois bombardeiros nucleares TU160, um avião de carga e outro de passageiros foram enviados pela Rússia para a Venezuela para participar de exercícios de defesa com a Força Armada venezuelana.
Esse colaboração aumentou as tensões entre Caracas e os Estados Unidos e a vizinha Colômbia. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou os exercícios na época, acusando Moscou e Caracas de serem "dois governos corruptos desperdiçando fundos públicos e reprimindo a liberdade".
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