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Sanções dos EUA contra o irã entram em vigor nesta segunda

As sanções são impostas após a saída dos EUA do acordo internacional para conter o programa nuclear iraniano.

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou nesta segunda-feira que seu país resistirá às novas sanções dos Estados Unidos contra seus setores petroleiro e bancário. "Sanções injustas são contra a lei, as resoluções da ONU e os acordos internacionais", discursou Rouhani. "Portanto, nós iremos orgulhosamente romper as sanções", prometeu em cadeia nacional de televisão, após as sanções entrarem em vigor hoje.

As sanções são impostas após a saída dos EUA do acordo internacional para conter o programa nuclear iraniano. Com isso, o país persa deve sofrer uma queda em suas exportações de petróleo e enfrentar mais dificuldades econômicas.

  • Foto: APHassan RouhaniHassan Rouhani

Rouhani afirmou que a indústria de petróleo do Irã já tem mostrado sua força, apontando para permissões dadas na semana passada pelos EUA para que oito países possam contornar as sanções e comprar petróleo iraniano sem sofrer penas. Os EUA não disseram quais países ganharam isenção, mas China, Turquia e Índia estariam entre os beneficiários. "A República Islâmica pode vender seu petróleo, e mesmo que esses oito países não fossem isentos, nós ainda poderíamos vender nosso petróleo", afirmou Rouhani. "Isso não é sucesso?", questionou.

Caso outras companhias e governos infrinjam as sanções, podem enfrentar multas e até mesmo a exclusão do sistema financeiro americano. O Irã já enfrenta dificuldades, com inflação em quase 30%, desemprego em dois dígitos e uma desvalorização cambial rápida, com expectativa de recessão econômica. Rouhani, porém, nesta segunda-feira rechaçou ameaças americanas e disse que elas não funcionarão.


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